24 junho 2014, Voz
da Rússia http://portuguese.ruvr.ru (Rússia)
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Foto: RIA Novosti, Foto de
arquivo
Михаил Степанов
As autoridades de Kiev
utilizaram bombas de fósforo e lançadores de foguetes em combates a milícias da
Donbass, o que pode ser suficiente para que Poroshenko e sua equipe se sentem
no banco de réus em Haia. Mas a Europa está calando por enquanto.
Os casos de uso por
Kiev de bombas de fósforo e baterias de fogo, qualificadas pela ONU como armas
de extermínio em massa, contra habitantes e milícias da República Popular de
Donetsk foram largamente confirmados tanto por testemunhas oculares, que
conseguiram abandonar a zona do conflito, como por muitas filmagens feitas no
local de combates.
Para que as autoridades de Kiev precisaram utilizar armamentos cujo uso pode ser processado pelo tribunal militar internacional? Como considera um perito em assuntos ucranianos, Bogdan Bezpalko, estes episódios são tentativas de provocar a Rússia à intervenção militar:
“A utilização de bombas de fósforo, de artilharia pesada, de veículos lançadores de foguetes Grad e de lança-minas Tyulpan contra sua população visa provocar a Rússia a uma intervenção armada. Na situação
atual, tanto o fluxo de refugiados como a excessiva brutalidade em relação aos habitantes da Donbass são uma tentativa de obrigar a Rússia a reagir em resposta. Mas estas ações não foram suficientes e no território da Rússia começara a irromper veículos de combate do exército da Ucrânia, no céu russo aparecem aviões militares ucranianos e, segundo alguns dados, blindados ucranianos abriram fogo contra uma povoação russa”.
O Ocidente, em primeiro
lugar os EUA, fazem também tudo para obrigar a Rússia a recorrer à força contra
o exército ucraniano. Em opinião de um perito, Valeri Pyakin, Washington
precisa do foco de tensão na Ucrânia para dirigir a situação na Europa:
“Na Ucrânia, assiste-se
a uma contraposição dura entre a Europa e os Estados Unidos. Para os EUA é
muito importante continuar a controlar a Ucrânia, à conta da qual é possível
controlar a Europa e transferir para ela todas as despesas políticas e
econômicas. Apesar da Reserva Federal dos EUA responder por esta bolha
financeira, têm de pagar os europeus, aliados americanos. A Europa não gosta
muito de servir de moço de recados dos EUA e ela tenta há muito acabar com tal
situação”.
Entretanto, os Estados
Unidos sofreram um fracasso. A estratégia político-diplomática de Moscou, que
se carateriza pela moderação na tomada de decisões e pela acumulação da base de
provas, atrapalhou os planos de tecnólogos políticos americanos na Ucrânia,
afirma Bogdan Bezpalko:
“Mesmo que Kiev tem
sido coberto por parceiros ocidentais, mesmo que incrivelmente foi possível
bloquear a resolução que censura o ataque à embaixada russa, tal não pode
continuar durante um longo tempo. Moscou optou por uma tática justa acumulando
informações sobre crimes militares dos golpistas de Kiev e da guerra
informativa. Em condições quando todas essas informações forem reveladas e
conhecidas pela comunidade internacional, a maioria de pessoas apoiará a
posição da Rússia e não da direção ucraniana”.
Em opinião de peritos,
o mais interessante espera em breve as autoridades ucranianas. Levando em
consideração seu papel medíocre de executantes passivos da vontade alheia, os
dirigentes ucranianos perderão com o passar dos tempos o valor para seus donos
e serão dados por imprestáveis. Um dos métodos desse processo poderá ser um
novo tribunal internacional.
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