25 junho 2014, Macauhub (China)
O recente lançamento da
primeira pedra marcou o início dos primeiros projectos de infra-estruturas na
Zona Especial de Economia Social de Mercado (ZEESM) de Timor-Leste, no enclave
de Oecussi, afirmou o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.
Em declarações ao jornal
bilingue Plataforma, de Macau, Alkatiri disse que os primeiros projectos
incluem a construção de uma estrada que irá ligar Sacato a Lifau, uma central
eléctrica e um hotel, que servirá inicialmente para alojar os participantes nas
comemorações, em 2015, da
chegada dos navegadores portugueses a Timor e do início
do processo de evangelização.
“Em Julho e Agosto vamos
iniciar a construção das infra-estruturas básicas, como estradas, pontes, o
alargamento do porto e do aeroporto e das redes de abastecimento de água e de
energia eléctrica”, disse ainda o antigo primeiro-ministro e responsável pela
execução da ZEESM.
Mari Alkatiri adiantou ao
jornal de Macau que estas obras serão pagas com dinheiro disponível no Fundo de
Infra-estruturas, estando o seu custo estimado em 300 milhões de dólares, 100
milhões dos quais serão despendidos até ao final do ano apenas na construção de
estradas e de pontes.
A ZEESM vai exigir um
investimento de 4,11 mil milhões de dólares até 2025, dos quais 2,44 mil
milhões a serem despendidos nos próximos quatro anos.
Do total cerca de 67% ou 2,75
mil milhões de dólares é garantido com dinheiro do Estado, pretendendo os seus
responsáveis angariar os restantes 1,36 mil milhões de dólares no sector
privado.
“Já recebi três propostas de
grupos da China que manifestarem interesse em comprar todo o projecto”, disse
Mari Alkatiri que, não tendo identificado a identidade dos três grupos, deixou
claro que “essa possibilidade não interessa atendendo a que um dos objectivos
da Zona é defender a componente social do projecto.”
O responsável da ZEESM disse
haver já várias propostas concretas de investimento, nomeadamente uma de
produção de banana numa área de 400 hectares para exportação para o mercado da
China e uma outra de produção de ananás numa área de 100 hectares.
(macauhub/TL)
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