terça-feira, 1 de julho de 2008

Programa de Desenvolvimento do Sector Agrário de Angola orçado em mais de 400 milhões de dólares

Luanda, Angola, 1 julho 2008 – O Programa de Desenvolvimento de Médio Prazo para o quinquénio 2009-2013 do Ministério do Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Minader) de Angola está orçado em mais de 400 milhões de dólares norte-americanos, disse à Angop o ministro Afonso Pedro Canga.

O ministro da Agricultura revelou igualmente que, para 2008, o Governo aprovou, em Março último, um crédito de 270 milhões de dólares norte-americanos para apoiar a agricultura familiar com instrumentos agrícolas.

Afonso Pedro Canga disse que "independentemente dos recursos públicos, é preciso também encontrar outras fontes de financiamento para os empresários agrícolas, os comerciantes e os empresários industriais, vocacionados ao sector agrário".

O ministro da Agricultura considerou que "a banca deve constituir-se no principal financiador da actividade de produção enquanto o estado investe nas infra-estruturas públicas para viabilizar as iniciativas dos produtores".

Afonso Pedro Canga citou como exemplo o Programa de Desenvolvimento do Pólo Agro-industrial de Capanda, que foi concebido para a produção em média e grande escala.

"O Governo está a investir no Pólo Agro-industrial de Capanda 370 milhões de dólares, enquanto o sector privado aplicará 700 milhões de dólares" assinalou.

O ministro angolano considerou que "a estratégia do governo visa conciliar o investimento público e o privado".

No Pólo Agro-industrial de Capanda o governo está a investir na construção de infra-estruturas básicas, como água, electricidade, a implantação do perímetro irrigado, a integração das famílias no plano, a construção de habitações para agricultores familiares e assistência técnica.

Numa área de 411 mil hectares, o pólo agro-industrial de Capanda vai receber fábricas de sumos, duas de açúcar e álcool, indústria de mandioca, de produção de calcário, de soja, de secagem e armazenamento de grãos e matadouros.

O pólo agro-industrial vai possibilitar a reactivação da actividades paralisadas devido à guerra, como as fábricas de algodão, de óleo alimentar, descasque de arroz e de rações, de acordo com estudos de viabilidade técnica, económica e financeira elaborados pela empresa brasileira Odebrecht.(macauhub)


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