29 outubro 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
O governador Beto Richa
(PSDB) será denunciado na próxima segunda-feira (31), em Brasília, na Comissão
dos Direitos Humanos do Senado e da Câmara, no MPF, e em agências
internacionais como Unicef – de proteção à infância e à adolescência — ligada à
Organização das Nações Unidas (ONU). A estudante Ana Júlia Ribeiro, de 16 anos,
será a porta-voz das ocupações nas escolas estão ameaçadas na capital
paranaense por milícias fascistas que atuam em conluio com o tucano.
Ana Júlia ganhou notoriedade internacional — sim, ela foi destaque em
revistas como Forbes, CartaCapital (capa, inclusive) e jornais como El País,etc.
— depois
que humilhou deputados em antológico pronunciamento na Assembleia Legislativa
do Paraná.
Integrantes do fascista MBL – Movimento Brasil Livre – percorrem escolas ocupadas pelos estudantes, em Curitiba, com objetivo de “desocupá-las” à força como se fossem uma milícia privada do governador Beto Richa. Na semana passada, o tucano recebeu em Palácio Iguaçu esses milicianos de extrema-direita para definir a estratégia de enfrentar os adolescentes que tomaram cerca de 900 escolas no estado em protesto contra a MP 746 (reforma do ensino médio) e contra a PEC 241 (congelamento de investimentos por 20 anos).
A Polícia Militar, presente nos enfrentamentos,
limita-se a assistir às
hostilidades dos “tiozinhos” do MBL, conforme definição do deputado estadual
Tadeu Veneri (PT), membro da Comissão dos Direitos Humanos na Assembleia
Legislativa do Paraná.Integrantes do fascista MBL – Movimento Brasil Livre – percorrem escolas ocupadas pelos estudantes, em Curitiba, com objetivo de “desocupá-las” à força como se fossem uma milícia privada do governador Beto Richa. Na semana passada, o tucano recebeu em Palácio Iguaçu esses milicianos de extrema-direita para definir a estratégia de enfrentar os adolescentes que tomaram cerca de 900 escolas no estado em protesto contra a MP 746 (reforma do ensino médio) e contra a PEC 241 (congelamento de investimentos por 20 anos).
A Polícia Militar, presente nos enfrentamentos,
Na madrugada desta sexta-feira (28), milicianos do MBL, sempre amparados pelo poder público, tentaram à força desocupar os colégios estaduais Leôncio Correia, Lysímaco Ferreira da Costa e Pedro Macedo. Não obtiveram êxito em nenhum, pois o número de estudantes e pais favoráveis às ocupações eram muito superiores. Houve muito corre-corre, bate-boca e empurra-empurra nesses locais, mas a temperatura se eleva sem que Richa tome providências no sentido de proteger os jovens e adolescentes nas escolas ocupadas – o que é dever do Estado, como bem ensinou a aluna Ana Júlia em seu histórico pronunciamento na Assembleia Legislativa.
Moradores e estudantes de escolas na periferia da capital paranaense dizem que vão resistir, em legítima defesa, “aos ataques dos playboys fascistas que nunca estudaram numa escola pública”. Ou seja, se anuncia uma tragédia de proporções dantescas com a omissão – ou seria associação criminosa – do governador Beto Richa. E é sobre isso que Ana Júlia falará à ONU, Congresso Nacional, MPF e CNJ.
Nunca é demais recordar que Beto Richa já foi denunciado à ONU, no ano passado, pelo massacre de 213 professores e servidores públicos que lutavam contra o confisco da poupança previdenciária de R$ 8 bilhões.
Fonte: Blog do
Esmael
--------------- Recomendamos 1/3
Brasil/Estudantes são presos e algemados por ocuparem
escola no Tocantins
26 outubro
2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Estudantes que ocupam a escola Estadual Dona
Filomena, em Miracema do Tocantins, foram surpreendidos na manhã desta
quinta-feira (27) por policiais que invadiram o colégio sem nenhuma ordem
judicial, retirando 26 secundaristas à força –sendo que 11 são menores de idade
– e algemando-os. Neste momento, os jovens prestam depoimento na delegacia da
cidade, sem a presença dos pais, advogados ou conselheiros tutelares.
A direção do colégio, contrária ao processo de
ocupação, orientou que os policias seguissem com a prisão arbitrária.
Segundo informações da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), já são mais de 1.100 escolas e 102 universidades ocupadas em todo o país. Os estudantes reivindicam a imediata revogação da PEC 241 e a Medida Provisória do Ensino Médio, medidas adotadas pelo governo Temer que congelarão e precarizarão o ensino público brasileiro.
Segundo informações da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), já são mais de 1.100 escolas e 102 universidades ocupadas em todo o país. Os estudantes reivindicam a imediata revogação da PEC 241 e a Medida Provisória do Ensino Médio, medidas adotadas pelo governo Temer que congelarão e precarizarão o ensino público brasileiro.
A Ubes denunciou que escolas em Goiás e no Paraná
também estão sofrendo retaliações por parte da Polícia Mílitar.
A deputada federal Jandira Feghali, (PCdoB-RJ) comentou a respeito da prisão ilegal. “Os estudantes estão em luta com muita razão e legitimidade, eles querem a escola deles qualificada, com estrutura e funcionando com diversidade e pluralidade, para formar cidadãos e não robôs. A luta contra a MP do ensino médio é justa”, destacou a parlamentar.
Do Portal Vermelho
A deputada federal Jandira Feghali, (PCdoB-RJ) comentou a respeito da prisão ilegal. “Os estudantes estão em luta com muita razão e legitimidade, eles querem a escola deles qualificada, com estrutura e funcionando com diversidade e pluralidade, para formar cidadãos e não robôs. A luta contra a MP do ensino médio é justa”, destacou a parlamentar.
Do Portal Vermelho
----------- Recomendamos 2/3
Brasil/Estudante de 16 anos ensina cidadania: “Sabemos
pelo que lutamos”
26 outubro
2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Uma
estudante de 16 anos deu uma aula de cidadania aos parlamentares que assistiram
a seu discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, nesta quarta
(26). Ana Júlia Ribeiro, aluna do Colégio Estadual Manuel Alencar Guimarães,
falou em defesa da ocupação de escolas e contra o desmonte da educação.
Emocionada, ela apresentou as bandeiras do movimento e demonstrou o elevado
grau de consciência, politização e seriedade dos secundaristas.
“De quem é a escola? A quem pertence a escola?”, questionou a estudante, no início de seu discurso, para em seguida defender a legalidade e a legitimidade das ocupações. Mais de 850 escolas e institutos federais estão ocupados no Paraná e 1210 em todo o país.
Ana Júlia afirmou que os estudantes não estão nas escolas por brincadeira ou para fazer baderna. “Sabemos pelo que estamos lutando. A nossa única bandeira é a educação. Somos um movimento dos estudantes pelos estudantes, que se preocupa com as gerações futuras, com a sociedade, com o futuro do Brasil. É por isso que nós ocupamos as nossas escolas”, disse.
“É um insulto para nós que estamos lá nos dedicando, procurando motivações todos os dias, sermos chamados de doutrinados. É um insulto aos estudantes e aos professores”, criticou.
A aluna citou medidas que são combatidas pelo movimento secundarista, a exemplo da reforma do ensino médio proposta pelo governo de Michel Temer, do projeto Escola Sem Partido e da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241.
“A gente sabe que a gente precisa de uma reforma no ensino médio e no sistema educacional como um todo. A reforma educacional é prioritária. Só que a gente precisa de uma reforma que tenha sido debatida, conversada, que precisa ser feita por profissionais da área da educação. A MP [da reforma do ensino médio] tem lados positivos, mas tem muitas falhas e, se for colocada em prática assim, estará fadada ao fracasso. O Brasil estará fadado ao fracasso”, previu.
De acordo com ela, o projeto Escola Sem Partido “é uma afronta”. “Uma escola sem partido é uma escola sem senso crítico, é uma escola racista, homofobia. É falar para os jovens que querem formar um exército de não pensantes, um exército que ouve e baixa a cabeça. Não somos isso. Escola Sem Partido nos insulta, nos humilha, nos fala que não temos capacidade de pensar por nós mesmos”, rechaçou.
Ela destacou ainda que o movimento secundarista é contra a PEC 241, porque ela atenta contra Constituição Cidadã de 1988. “O movimento estudantil nos trouxe um conhecimento muito maior sobre política e cidadania que o tempo em que estivemos enfileirados em aulas padrão.”
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Recomendamos 3/3
Brasil/Estudantes que ocupam o Estadual Central sofrem
ameaças de agressões
25
outubro 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Estudantes
de Belo Horizonte que ocupam o Colégio Milton Campos, mais conhecido como
Estadual Central, denunciam ameaças de agressões por outros alunos da escola
pelas redes sociais. As suspeitas são de que os alunos teriam sido insuflados a
usar de violência contra os membros da ocupação por dois homens não
identificados que estiveram no colégio na tarde da última segunda-feira (24).
Por Mariana Viel, da redação do Vermelho-Minas
Por Mariana Viel, da redação do Vermelho-Minas
Um evento criado através
do Facebook e marcado para as 7 horas da manhã desta quarta-feira (26) incita
abertamente a violência “Vai rolar cadeirada, convide seus coleguinhas”, diz a
página “O Grêmio Não Me Representa”. Alguns dos comentários da página afirmam
“é pra chegar geral chutando a porra das barracas”, “vamos com uns rojões,
tomate e faca”.
De acordo com a tesoureira do Grêmio Abre Alas, Bruna Helena, o evento de desocupação é claramente uma ameaça de agressão contra os estudantes. Diante da ameaça de violência o grêmio organiza também para amanhã um ato público contra a tentativa de criminalização dos movimentos sociais e estudantis.
Já estão mobilizados para participar da atividade representantes das Comissões de Direitos Humanos da ALMG e da OAB. “Vamos realizar um ato de solidariedade pelo estudante do Colégio Santa Felicidade, de Curitiba, no Paraná, encontrado morto dentro da ocupação na segunda-feira”, explica Bruna. “Nosso objetivo é fazer um contraponto pacífico diante dessa onda de ódio.”
Ocupa Central
Cerca de 30 jovens ocupam o Colégio Estadual Central desde o último dia 6 outubro contra a reforma no ensino médio promovida pelo governo ilegítimo do presidente Michel Temer através da Medida Provisória 746. Os estudantes também protestam contra a PEC 241 que propõe o congelamento por 20 anos dos investimentos federais em saúde e educação.
Ao longo dos quase 20 dias de ocupação os estudantes realizaram uma série de debates para esclarecer a comunidade acadêmica sobre os impactos das recentes propostas do governo federal. Também realizaram diariamente programações culturais e de lazer com o objetivo de integrar o espaço acadêmico à vida e realidade dos alunos. Os estudantes também se organizam e dividem-se em grupos de trabalho para manter a ordem e a limpeza dentro da instituição.
Em todo o país mais de 1070 escolas e 80 universidades federais foram ocupadas contra o desmonte da educação pública. Ao mesmo tempo em que o movimento em defesa da educação pública brasileira cresce, também aumentam as denúncias de que grupos alheios à comunidade acadêmica estão patrocinando a violência nas escolas ocupadas.
Garantia Constitucional
Segundo o advogado do Grêmio Abre Alas e membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, Daniel Deslandes de Toledo, as ocupações estudantis são pacíficas e garantidas pela Constituição da República. “Recebemos com muita preocupação denúncias sobre um evento organizado pelas redes sociais, por pessoas ainda não identificadas, com o objetivo de promover a remoção violenta dos manifestantes do colégio.”
“Sabemos de outros acontecimentos parecidos, como o caso do Paraná, em que organizações criminosas incentivaram o ódio contra os estudantes. Não toleraremos esse tipo de ameaça, e já estamos tomando as providências policiais e judiciais cabíveis”, enfatiza o advogado.
De acordo com a tesoureira do Grêmio Abre Alas, Bruna Helena, o evento de desocupação é claramente uma ameaça de agressão contra os estudantes. Diante da ameaça de violência o grêmio organiza também para amanhã um ato público contra a tentativa de criminalização dos movimentos sociais e estudantis.
Já estão mobilizados para participar da atividade representantes das Comissões de Direitos Humanos da ALMG e da OAB. “Vamos realizar um ato de solidariedade pelo estudante do Colégio Santa Felicidade, de Curitiba, no Paraná, encontrado morto dentro da ocupação na segunda-feira”, explica Bruna. “Nosso objetivo é fazer um contraponto pacífico diante dessa onda de ódio.”
Ocupa Central
Cerca de 30 jovens ocupam o Colégio Estadual Central desde o último dia 6 outubro contra a reforma no ensino médio promovida pelo governo ilegítimo do presidente Michel Temer através da Medida Provisória 746. Os estudantes também protestam contra a PEC 241 que propõe o congelamento por 20 anos dos investimentos federais em saúde e educação.
Ao longo dos quase 20 dias de ocupação os estudantes realizaram uma série de debates para esclarecer a comunidade acadêmica sobre os impactos das recentes propostas do governo federal. Também realizaram diariamente programações culturais e de lazer com o objetivo de integrar o espaço acadêmico à vida e realidade dos alunos. Os estudantes também se organizam e dividem-se em grupos de trabalho para manter a ordem e a limpeza dentro da instituição.
Em todo o país mais de 1070 escolas e 80 universidades federais foram ocupadas contra o desmonte da educação pública. Ao mesmo tempo em que o movimento em defesa da educação pública brasileira cresce, também aumentam as denúncias de que grupos alheios à comunidade acadêmica estão patrocinando a violência nas escolas ocupadas.
Garantia Constitucional
Segundo o advogado do Grêmio Abre Alas e membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, Daniel Deslandes de Toledo, as ocupações estudantis são pacíficas e garantidas pela Constituição da República. “Recebemos com muita preocupação denúncias sobre um evento organizado pelas redes sociais, por pessoas ainda não identificadas, com o objetivo de promover a remoção violenta dos manifestantes do colégio.”
“Sabemos de outros acontecimentos parecidos, como o caso do Paraná, em que organizações criminosas incentivaram o ódio contra os estudantes. Não toleraremos esse tipo de ameaça, e já estamos tomando as providências policiais e judiciais cabíveis”, enfatiza o advogado.
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