31 maio 2016, Noticias SAPO
http://noticias.sapo.mz (Portugal)
“Estas informações são
infundadas, uma pura mentira, mas têm objectivos inconfessáveis e que nós nos
distanciamos completamente”, disse esta segunda-feira Helena Taipo a Comissão dos
Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da Assembleia da
República, o parlamento moçambicano, que se encontra na cidade da Beira
(capital de Sofala) no âmbito de audições em torno da existência de uma alegada
vala comum no distrito de Gorongosa.
A Comissão é composta por um total de 12 deputados, sendo 11 da Frelimo, partido no poder, e um do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na oposição, que estão, desde a manhã de segunda-feira, a auscultar diversas instituições na cidade da Beira, sobre a existência ou não de uma vala comum com 120 corpos no distrito de Gorongosa, em Sofala. A Renamo, o maior partido de oposição boicotou a sua participação.
A mesa, na voz de Edson Macuácua, o Presidente da Comissão, perguntou o que o Governo Provincial terá feito após ficar a saber da alegada existência de uma vala comum
naquela província. Segundo o O País, a Governadora respondeu com
prontidão: O nosso distrito, na pessoa do Administrador, acompanhado pelo
régulo Canda, Chefe da Secretaria de Posto e o Chefe do Grupo da População de
Domba, deslocou-se para o local mencionado pela Lusa (Agência portuguesa de Notícias)
e contactou as comunidades locais para apurar a veracidade da situação. Com o
trabalho realizado constatou-se que a informação é falsa, disse a Governadora. A Comissão é composta por um total de 12 deputados, sendo 11 da Frelimo, partido no poder, e um do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na oposição, que estão, desde a manhã de segunda-feira, a auscultar diversas instituições na cidade da Beira, sobre a existência ou não de uma vala comum com 120 corpos no distrito de Gorongosa, em Sofala. A Renamo, o maior partido de oposição boicotou a sua participação.
A mesa, na voz de Edson Macuácua, o Presidente da Comissão, perguntou o que o Governo Provincial terá feito após ficar a saber da alegada existência de uma vala comum
A Lusa tem que dizer qual é a fonte e ser responsabilizada por aquilo que fez, pois denegriu a imagem do nosso país, defendeu Taipo.
A Lusa foi o primeiro órgão de comunicação social a noticiar a suposta existência da vala comum no princípio do mês passado.
O primeiro encontro em Sofala foi com a Governadora. A Comissão ouviu ainda a Polícia de Investigação Criminal (PIC), a Procuradoria Provincial e os jornalistas que estiveram no presumível local da vala comum.
As audições de Sofala seguem-se as realizadas semana passada em Maputo.
Durante a semana passada, a Comissão realizou audições com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Vice-Ministro do Interior, o Ministério da Justiça e o delegado da agência Lusa em Moçambique, Henrique Botiquilha, na qualidade do primeiro órgão de informação que veiculou o caso da vala comum.
Durante as audições, quer a PGR, os Ministérios do Interior e da Justiça, disseram não ter encontrado qualquer indício de existência de valas comuns em Canda, numa clara indicação de se tratar de um assunto falso.
Entretanto, na audição, o Vice-Ministro do Interior, José dos Santos Coimbra, admitiu a possibilidade de os 11 corpos encontrados debaixo de uma ponte sobre o Rio Mbinganhama, no Distrito de Macossa, na província central de Manica, serem o resultado de desavenças dentro das forças da Renamo, visto que alguns ostentavam fardamento daquela formação política.
Na audição ao delegado da Lusa, Henrique Botiquilha disse que a Lusa é apenas responsável pelo texto, publicado no dia 28 de Abril, que foi baseada em denúncias de camponeses, (únicas fontes oculares), mas que a agência não conseguiu confirmar “in loco”, por causa de dificuldades de acesso a região suspeita, devido a tensão militar.
A Lusa nega responsabilidade nas imagens da vala comum que alguma imprensa usou para suportar o texto que, como veio a confirmar-se, se trata de uma imagem que não tem a ver com Moçambique.
A Lusa lamentou o impacto que a imagem trouxe, que culminou em danos de credibilidade para a própria agência. (AIM)
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