terça-feira, 7 de junho de 2016

Estados Unidos/Governo Temer ganha ‘Medalha de Ouro para Corrupção’, diz New York Times



6 junho 2016, Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br (Brasil)


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O jornal norte-americano ‘The New York Times’ publicou nesta segunda-feira (6) um editorial intitulado “A Medalha de Ouro do Brasil para Corrupção”, questionando o compromisso do presidente interino, Michel Temer, com o combate à corrupção.
A publicação pede que Temer se posicione contra o fim da imunidade parlamentar para ministros e congressistas acusados de corrupção.”Segundo a lei brasileira, altos funcionários do governo, incluindo os legisladores, gozam de imunidade contra processos na maioria das circunstâncias.
Essa proteção irracional claramente permitiu uma cultura da corrupção institucionalizada e
da impunidade. Os investigadores descobriram que os contratos da Petrobras rotineiramente incluíam uma taxa de propina e que este dinheiro de suborno foi dirigido aos partidos políticos”, afirma o jornal.

O editorial também faz referência à ficha suja de membros do atual governo, que tem sete ministros investigados por corrupção em sua composição.

“As nomeações reforçaram as suspeitas de que o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff no mês passado, por acusações de maquiar ilegalmente as contas do governo, teve uma segunda intenção: afastar a investigação (de corrupção)”, afirma o jornal.

O texto aponta também as renúncias do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, e posteriormente do ex-ministro da Transparência, Fabiano Silveira, que indicaram em conversa telefônica um esquema para impedir o prosseguimento da Operação Lava Jato.”Isto forçou Temer a prometer, na semana passada, que o Executivo não interferirá nas investigações na Petrobras, nas quais estão envolvidos mais de 40 políticos. Considerando os homens de quem Temer se cercou, a promessa soa oca”, destaca o New York Times.

O jornal conclui dizendo que “se o o presidente interino merece ganhar a confiança dos brasileiros, muitos dos quais afirmam que o afastamento de Dilma Rousseff foi um golpe, ele e seu gabinete devem tomar medidas significativas contra a corrupção”.


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Brasil/Michelzinho, caçula de Temer, é dono de imóveis avaliados em mais de R$2 milhões

30 maio 2016, Sputnik Brasil http://br.sputniknews.com (Rússia)

O filho mais novo do presidente interino Michel Temer (PMDB), Michel Miguel Elias Temer Lulia Filho, mais conhecido como Michelzinho (7 anos), tem em seu nome pelo menos dois imóveis avaliados em mais de R$2 milhões, segundo reportagem do Estado de S. Paulo.


De acordo com a publicação, o pai da criança, que atualmente ocupa a presidência em exercício da República, alega ter feito uma “doação” como forma de “antecipar a herança” de seu único filho no casamento com Marcela Temer.

A propriedade de Michelzinho inclui dois conjuntos comerciais que abrigam o escritório político do peemedebista em São Paulo, ambos localizados no mesmo edifício no Itaim-Bibi, zona sul da capital paulista.

Segundo dados da Prefeitura da cidade, cada imóvel tem 196 m² e valor venal de R$1.024.802, sendo que o valor de mercado costuma ser até 40% mais alto do que o usado pelas autoridades para calcular o IPTU.

Ainda segundo a reportagem, porém, “na declaração de bens que Temer apresentou à Justiça Eleitoral em 2014, cada conjunto é avaliado em apenas R$ 190 mil”, o que seria “comum nas declarações de políticos, pois os imóveis costumam ser declarados pelo valor de quando foram comprados” e “a legislação não obriga a atualização do valor”.

Além disso, entretanto, na mesma declaração de bens consta ainda uma casa de 415m² na zona oeste de São Paulo que também estaria subavaliada. Segundo os dados declarados pelo então candidato a vice-presidente, a propriedade valeria R$ 722.977,41. Na Prefeitura, porém, o valor venal seria de R$ 2.875.109.

“O patrimônio do presidente interino cresceu rapidamente desde 2006”, observa o jornal. “Naquele ano, Temer foi candidato a deputado federal e declarou bens no valor de R$ 2.293.645,53. Se corrigido pelo IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, eles corresponderiam, em 2014, a R$ 3.678.526,22. Porém, seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral em 2014 já havia crescido para R$ 7.521.799,27. Ou seja, mais do que dobrou acima da inflação entre duas eleições – e isso sem levar em conta a valorização dos imóveis”.

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