24 junho 2016, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China, 中国)
A diversificação da economia de Angola, grande prioridade para as
autoridades do país, terá o apoio da China e alguns instrumentos de apoio serão
analisados “muito em breve” na comissão mista entre os dois países.
Numa altura em que o país se debate com dificuldades resultantes da
quebra, a partir de 2014, do preço do petróleo, que tornaram mais urgente o
reforço do peso da economia não-petrolífera, Angola e China passaram em revista
a 13 de Junho a cooperação económica e
comercial bilateral, numa reunião entre
delegações multissectoriais, em Pequim, de acordo com a agência Angop.
A reunião serviu sobretudo para preparar a segunda sessão da Comissão
para a Cooperação Económica e Comercial, a par do Fórum Empresarial bilateral,
que terá lugar “muito em breve” na capital angolana, de acordo com a secretária
de Estado angolana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Ângela Bragança, que
reiterou que a China é para Angola um dos parceiros estratégicos.
A preparação envolveu a apresentação e discussão de vários documentos e
instrumentos legais, que estarão em cima da mesa em Luanda para discussão mais
aprofundada, numa reunião que servirá de acompanhamento à execução dos planos
para reforço da cooperação China-África, anunciados na Cimeira de Joanesburgo
de 2015.
Estes incluem um reforço da cooperação financeira e outras medidas de
estreitamento das relações económicas e comerciais, sendo um dos principais
interesses da parte africana investimentos produtivos, que sejam geradores de
receita, bem como transferência de tecnologia chinesa.
Entre os instrumentos específicos considerados no caso angolano estão,
de acordo com a Angop, a promoção e protecção recíproca de investimentos,
introdução de facilidades na concessão de vistos e execução de acordos a nível
laboral e cultural.
A China é, actualmente, o maior parceiro comercial de Angola, tanto ao
nível de importações como de exportações e Angola é a maior fonte de
importações petrolíferas chinesas em África.
A investigadora de relações sino-angolanas Lucy Corkin estimou em 14,5
mil milhões de dólares os empréstimos concedidos pela China a Angola, mas
outras estimativas apontam para valores mais próximos de 20 mil milhões de dólares,
em grande parte garantidos por petróleo.
A Economist Intelligence Unit afirmou que, no actual contexto, o governo
angolano irá continuar a procurar empréstimos adicionais da China, para
permitir “manter programas de investimento muito necessários – para construir
estradas e centrais eléctricas, por exemplo”.
“A China vai manter-se um parceiro altamente importante – até ao ponto
em que um abrandamento substancial no crescimento chinês representa riscos
negativos sérios”, refere a EIU no seu mais recente relatório sobre Angola.
O crédito chinês, considera a EIU, será importante mesmo num cenário de
adesão de Angola a um programa do FMI, que está a ser negociado desde Abril,
que pode representar um apoio de até 4,5 mil milhões de dólares e reforço da confiança
externa na economia do país.
Aliás, a ronda de conversações com o FMI concluída na semana passada
mostrou, de acordo com o Africa Monitor Intelligence, que “as autoridades estão
agora inclinadas a protelar ou evitar um entendimento formal”, tendo em vista a
obtenção de uma ajuda financeira do Fundo.
A delegação angolana às conversações não mostrou pressa na obtenção do
apoio financeiro, que implica a adopção de políticas negociadas com o FMI, que
podem incluir a introdução de novos impostos, despedimentos na Função Pública e
alterações na gestão das receitas petrolíferas.
Existem novas perspectivas de subida do preço do petróleo, já
reflectidas no mercado de futuros e, de acordo com o Africa Monitor
Intelligence, as reticências angolanas estão a ser entendidas como um
condicionar o caminho a seguir a uma afirmação mais nítida de evolução das
referidas tendências.
Depois de terem tocado em mínimos de 30 dólares no início do ano, os
preços do barril de petróleo estão agora acima de 50 dólares, ainda assim muito
longe dos 90/100 dólares registados antes de 2014, valores que são considerados
unanimemente considerados afastados nas várias previsões de referência.
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中国支持安哥拉经济多元化 列两国联席工作组议程
2016年6月20日, Macauhub http://www.macauhub.com.mo/cn (中国)
安哥拉经济多元发展——安政府的重要政策目标——将获中国大力支持,两国为此成立联席工作组,探讨相关具体措施。
据安哥拉通讯社称,自2014年国际油价急跌,安哥拉即面对财政困局,急需增加国民经济中的非油比重。在此背景下,涵盖多个经济领域的安中联席工作组6月13日在北京碰头,就两国合作进行磋商。
安哥拉国务秘书(外交及国际合作)Angela Braganca称,会议主要为“经贸合作委员会”第二轮会议以及两国双边商务论坛作准备。后者“即将”在安国首都罗安达举行。她重申,中国是安哥拉其中一个战略伙伴。
筹备工作包括讨论一系列法律文件。该等文件也将在罗安达一次检查中非合作峰会(2015年在约翰内斯堡举行)决议落实情况的工作会议上讨论。
上述决议包括旨在促成更紧密经贸关系的财政合作和其他措施。非洲方面一项主要的利益,是能具体产生收入的产能投资,以及接收转移自中国的技术。
据安哥拉通讯社报道,在为安哥拉考虑的特别工具中,有相互促进和保护投资、引入互免签证安排,以及在劳工和文化层面落实一系列协议。
目前,无论是进口或出口,中国均是安哥拉最大贸易伙伴,同时,安哥拉也是非洲国家中,中国最大的石油供应国。
中安关系研究员LucyCorkin估计,中国已向安哥拉提供了145亿美元贷款,但其他研究指向接近200亿的水平,其中大部分以石油供应作担保。
据《经济学人》智库(EIU)称,目前安国政府仍将依赖中国提供贷款,以“维持所有必不可少的投资项目,例如兴建公路和发电厂”。
EIU在最新有关安哥拉的报告中称:“中国仍将是极重要的伙伴,以至一旦中国经历经济放缓,即有严重影响安国经济的可能。”
EIU称,即使安哥拉与国际货币基金组织(IMF)的资助谈判(始自4月)最终谈拢,中国的贷款仍然重要。后者意味着将有额外高达45亿美元的资金来源,有力振兴该国经济的信心。
事实上,《非洲观察情报》(AMI)认为,安国与IMF的多次谈判(上周结束)显示,对于获取IMF经援,(莫)“当局现在倾向推迟,甚或暂不正式签约”——安哥拉代表团表现出不急于取得资助。
接受IMF的援助,意味着安国政府要考虑IMF有关引入新税种、裁减政府人员、改变石油税收的管理等要求。
基于石油期货市场的趋势,预期现货市场即将走高,AMI认为,安哥拉是采取静观其变的策略。
国际油价在今年初跌至谷底的每桶30美元后,已逐步回升至目前的每桶超过50美元——尽管仍远低于2014年前的每桶90-100美元(一般认为,当时的高价位已一去不返)。
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