O presidente Armando Guebuza disse ontem, na cidade de Maputo, que a terra fornece à humanidade enormes riquezas e que, em retorno, devemos saber explorar esses recursos, de forma racional, sem provocar o desequilíbrio do sistema terra que nos acolhe, ao mesmo tempo que é necessário que a nossa sociedade, como um todo, adopte atitudes e práticas amigas do ambiente, inspirando-se em particular na campanha nacional de educação ambiental, em curso no país.
11 dezembro 2009/Notícias
O Chefe de Estado pronunciou-se nestes termos na cerimónia do lançamento do Comité Nacional do Planeta Terra, um evento que juntou representantes do Conselho de Ministros, membros do corpo diplomático, parceiros da iniciativa, investigadores, estudantes, entre outros convidados.
Segundo disse o Presidente, as mudanças climáticas vieram para ficar e para alterar, de forma profunda e estrutural, a vida da sociedade moçambicana. Por isso, reduzir a vulnerabilidade e transformar essas mudanças climáticas em oportunidades de desenvolvimento, impõe-se a todos e a cada um de nós.
“Os desafios que estas mudanças climáticas nos colocam convidam-nos a apelar a todos os nossos cientistas e académicos para contribuírem com o seu conhecimento científico para que traduzamos estes desafios em oportunidade de desenvolvimento”, disse.
Na ocasião, o Presidente Guebuza apresentou alguns exemplos que mostram o esforço do Governo em prol de um ambiente são e equilibrado. No vale do Zambeze crescem aldeias em partes altas, com arruamentos espaçosos e casas espaçadas bem como espaços demarcados para infra-estruturas sociais. Nalguns casos, está já contemplada a floresta comunitária.
Por outro lado, o Governo lançou um programa “um aluno, uma planta por ano” que não tem em vista apenas contribuir para purificar o ar, induzir o aumento dos níveis de pluviosidade e providenciar sombra e lenha. “Tem também em vista a melhoria da dieta alimentar e nutricional dos alunos, bem como introduzir novos hábitos de vida, como o amor à natureza, e contribuir para a redução das queimadas descontroladas, que ainda afectam o nosso país”, sublinhou.
O programa referido é complementado por uma iniciativa denominada “uma aldeia, uma floresta”, por um Plano de Acção para a Adaptação às Mudanças Climáticas e pelo programa de capacitação institucional e gestão e educação ambiental nas escolas profissionais.
“O Comité criado tem um papel fundamental a desempenhar neste processo. Exortamos os seus membros a conceberem e a implementarem programas multidisciplinares de investigação científica e de divulgação nas várias áreas das geo-ciências como são os casos da Geologia, Meteorologia, Hidrologia, Climatologia e Sismologia”, apelou.
Na mesma cerimónia foram distinguidas escolas que venceram um concurso promovido pelo Comité do Ano Internacional do Planeta Terra denominado “vamos salvar o planeta”. Trata-se do Instituto Comercial e Industrial Armando Guebuza, Escola Secundária da Matola, Escola Secundária Joaquim Chissano e Escola Secundária Noroeste I.
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