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sábado, 26 de dezembro de 2009
Timor-Leste/O TRAIDOR NASCEU HÁ MUITO, O DITADOR MOSTRA-SE AGORA AOS INCRÉDULOS
PM Xanana Gusmão sentou-se em cima de um carro para parar o dono do automóvel, de modo a que este participasse na limpeza geral, na área de Kuluhun.
25 dezembro 2009/Timor Lorosae Nação http://timorlorosaenacao.blogspot.com
Nasceu o Deus Menino para toda a comunidade cristã. É Natal. Em 25 de Dezembro cantam-se salmos de regozijo e louvor a Jesus Cristo e era comum aos homens de boa vontade reservar tréguas quando em guerra.
Exemplos desses foram registados durante a primeira e segunda guerra na Europa, por exemplo. Mas em muitos outros conflitos sangrentos o espírito de Natal prevaleceu. Até grandes ditadores da história se deixaram enlevar na celebração cristã do Deus Menino e conseguiram expressar esse sentimento de modo a aliviarem as agruras e injustiças dos povos que dominavam. Somente os ditadores mais vis desrespeitaram e desrespeitam este tempo de grande desejo de Paz e Concórdia.
Na actualidade, pelo menos em Timor-Leste, na quadra natalícia isso não aconteceu, não acontece. Nem ao menos isso. A comprovar trazemos as fotografias do jornal timorense Suara Timor Lorosae, edição em tétum, que reporta as vésperas de natal em Díli, com a população sob o domínio do ditador Gusmão acompanhado das forças especiais da PNTL e da polícia regular que coercivamente, com insultos e agressões, obrigaram a população da cidade a proceder à limpeza da mesma.
Os relatos indignados chegam até nós em número considerável, quase todos acompanhados de fotografias que publicamos. Impressionou-nos particularmente um, de uma pessoa estrangeira em serviço em Díli, que pede “desculpa por não nos enviar fotografias de suporte” ao que nos diz “mas temi que ao me verem usar a máquina fotográfica me pudessem agredir e fazer sabe-se lá o quê…”.
Noutro relato é referido que uma malae – estrangeira, em tétum - foi “agredida por agentes da PNTL por se ter recusado a obedecer às ordens de limpar o local por onde ia a passar”, junto à sua residência perto do bairro de Kuluhum.
“Um katuas – velho, em tétum – que protestou com os que lhe davam ordens para apanhar lixo, vestidos à civil, foi agredido violentamente por agentes da Polícia Nacional e teve de começar a limpar o que lhe ordenavam, ouvindo injúrias e ameaças por parte dos agressores”, relata-nos outra testemunha que nos contactou.
Dois oficiais da PNTL da task force organizaram as mulheres chinesas do bar My Flowers, no Bairro dos Grilos, para fazerem a limpeza geral.
Pelos número e qualidade dos relatos recebidos dos que experienciaram e testemunharam a “acção de limpeza” ditatorial, também pelo que se vislumbra nas fotografias publicadas no STL, consideramos de todo o crédito a descrição de um dos nossos leitores que nos contactou: “Xanana parecia estar possesso, até tinha a cara desfigurada e ordenava a tudo e a todos que fizessem o que ele queria que se fizesse, pressionava os polícias para que agissem compulsivamente, dizendo que eram ordens do seu governo e que eram para cumprir, afirmando que todos eram obrigados a limpar, e vincava particularmente a palavra “todos” com ira, ditatorialmente…”
Desde há algumas horas que estamos a procurar conseguir depoimentos de cidadãos timorenses agredidos por contestarem a medida ditatorial de Gusmão, sabemos no entanto que o medo se sobrepõe à revolta e à vontade de mostrar ao mundo as injustiças e atropelos à legalidade por parte de um indivíduo antes amado pelo seu povo mas que progressivamente se tem revelado ser o seu algoz. Como consta num dos depoimentos que recebemos: “… antes defenderia com a minha própria vida Xanana Gusmão mas agora a dor é imensa por nos sentirmos tão traídos…”.
E assim se vai passar o Natal 2009 em Timor-Leste, sob a égide da repressão e da perfídia (traição e deslealdade) institucionalizada. Contamos poder trazer ao TLN depoimentos de vítimas da operação ditatorial de Gusmão-AMP com o silêncio e conluio de Ramos Horta.
*A tradução das legendas e demais textos que recebemos em tétum e em inglês são da autoria de Rosário Pedruco.
Coordenação de Jaime Silva Pinto
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