São Tomé, 27 dezembro 2009 (Lusa) - A petrolífera angolana Sonangol está descarregando no porto de São Tomé vários equipamentos portuários destinados à empresa são-tomense de administração dos portos (Enaport).
Uma grua com capacidade para 160 toneladas, uma empilhadora moderna com capacidade para movimentar contêineres com 45 toneladas, dois tractores portuários e respectivos atrelados e dois grupos geradores constam do lote de equipamentos já descarregados.
Esses equipamentos avaliados em US$ 1,3 milhão são apenas uma parte do conjunto, que está ainda previsto chegar para entrar em funcionamento a partir da primeira quinzena de janeiro de 2010.
A entrega às autoridades são-tomenses faz parte de memorando assinado no primeiro trimestre deste ano entre a Sonangol e o governo do arquipélago, visando a ampliação e modernização do principal porto da ilha de São Tomé.
Há dois meses, o porto de São Tomé ficou praticamente inoperante após um incêndio que queimou as duas únicas gruas de que dispunha, num suposto ato de sabotagem, ainda sob investigação da polícia de investigação criminal (PIC).
O memorando para a ampliação e modernização do porto de Ana Chaves prevê um investimento de mais de US$ 2,5 milhões, sendo que o início das obras deveria iniciar-se no primeiro trimestre de 2010.
A situação de dificuldade nas descargas e carregamento dos navios que atracam no porto da ilha de São Tomé obrigou o primeiro-ministro Rafael Branco a recorrer a um pedido de emergência ao governo angolano.
Em declarações à Agência Lusa, o director da empresa são-tomense de administração dos portos diz que a empresa “começa a preparar-se para responder aos desafios do futuro”.
Manuel Diogo acrescenta que esses equipamentos vão entrar em funcionamento já em janeiro de 2010 para resolver “a situação de dificuldade gritante com equipamentos para a descarga que nós temos”.
Comandante Diogo, como é informalmente conhecido, reconhece que “essas modernas máquinas” são usadas pela primeira vez em mais de 20 anos de existência da Enaport e “vão introduzir uma nova dinâmica nos serviços” do sector, que considera “dos mais importantes da economia” são-tomense.
A empresa nacional de administração dos portos contribui anualmente com mais de 70% das suas receitas para o Orçamento do Estado do arquipélago.
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