Doha, 31 março 2009 (EFE) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que os países árabes e sul-americanos devem levar uma mensagem "forte e clara" à cúpula do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) da quinta-feira, em Londres: a defesa do papel do Estado frente à crise global.
Lula fez estas declarações em seu discurso durante a sessão inaugural da 2ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América do Sul e dos Países Árabes (Aspa), que reúne hoje em Doha representantes dos 12 países sul-americanos e 22 árabes.
Em seu discurso, como coordenador regional da Aspa, Lula fez uma intensa defesa da regulação e da transparência do mercado financeiro como pilares de um novo sistema.
Nessa linha, Lula defendeu concluir o mais rápido possível a Rodada do Desenvolvimento de Doha, que regulará o comércio internacional, e uma profunda reforma dos órgãos internacionais.
Brasil, Argentina e Arábia Saudita serão os países incluídos na Aspa que serão representados na reunião em Londres.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, que discursou antes de Lula, como presidente da União de Nações Sul-americanas (Unasul), também se referiu à necessidade que, de Doha, saia uma "mensagem muito potente" para o G20.
"É a hora para uma resposta internacional coordenada da crise econômica e financeira. Da reunião do G20, esperamos uma rápida coordenação das políticas fiscais indispensáveis para conter o colapso da demanda mundial", acrescentou.
Para Bachelet, "o diálogo entre América do Sul e os países árabes pode e deve ter um papel muito importante, já que nos dirigimos à geração de um novo contrato social global".
Nenhum comentário:
Postar um comentário