quarta-feira, 11 de março de 2009

Acordos luso-angolanos demonstram confiança, afirma premiê

Lisboa, 11 março 2009 (Lusa) - O primeiro-ministro português, José Sócrates, se diz orgulhoso por chefiar um governo que soube compreender o potencial da economia angolana e destacou o clima de confiança existente entre as economias, instituições e empresas dos dois países.

As declarações de Sócrates foram feitas após ter presidido com o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a assinatura de acordos entre os dois países nas áreas da economia e educação.

Em relação aos acordos bilaterais assinados nesta quarta-feira - duas linhas de crédito no valor global de 1,5 bilhão de euros -, a criação conjunta de um novo banco de investimentos e um memorando na área da educação -, o premiê luso considerou que Portugal e Angola “deram um passo da maior importância na relação entre os dois países”.

“A decisão de criar um banco de investimento, que se destina a financiar a modernização infra-estrutural de Angola, é um passo da maior importância na relação econômica entre os dois países. Trata-se de um passo que os dois governos se empenharam fortemente e que sinaliza a excelência e a maturidade das relações econômicas entre os dois países”, disse Sócrates.

Neste ponto, relativo à criação de um banco de fomento conjunto entre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a Sonangol, Sócrates foi ainda mais longe nas suas considerações.

“É um sinal que representa a confiança que hoje existe entre as duas economias, entre as instituições e entre as empresas portuguesa e angolana”, declarou.

Comércio exterior
Sócrates destacou também “a importância” para a “consolidação da parceria estratégica” luso-angolana resultante da decisão dos executivos de Lisboa e de Luanda duplicarem a linha de crédito de apoio às exportações.

“Esta linha de crédito passou agora a ser de 1 bilhão de euros, quando há dois anos e meio ainda era de apenas 100 milhões de euros. É para mim uma honra presidir a um Governo que soube compreender o potencial de crescimento e de modernização da economia angolana, e que nunca deixou de confiar nos benefícios mútuos que ambos os países teriam com o aprofundamento das relações econômicas”, disse.

Neste contexto, o líder do executivo português disse que o crédito se destina a financiar investimentos públicos em infra-estruturas que envolvam empresas portuguesas presentes no mercado angolano.

“A relação econômica entre os dois países sofreu evoluções muito significativas ao longo destes anos. Mas quanto mais fazemos mais consciência temos do que ainda falta fazer”, disse Sócrates.

Em relação ao futuro das relações entre os dois países, o premiê luso deixou uma mensagem ao chefe de Estado angolano, dando a entender o crescente interesse de empresários e cidadãos portugueses estarem presentes no mercado angolano.

“A sua visita a Portugal é um momento importante e provoca na comunidade portuguesa uma expectativa que tem a ver com aquilo que sempre foi o desejo do Estado português: estar à altura de uma história comum e contribuir para um processo que solidifique a amizade entre povos irmãos”, frisou.

Educação
Em relação ao memorando hoje assinado para a mobilidade de docentes e pesquisadores dos dois países, Sócrates considerou que “a cooperação cultural e na educação são da maior importância” para o desenvolvimento das relações entre os dois países.

Em termos das relações externas, o primeiro-ministro português comentou da atual situação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), dizendo que tanto Portugal como Angola “estão empenhados no desenvolvimento das instituições” da comunidade.

“Portugal mantém um sólido e firme compromisso político com a CPLP. E vejo com muita satisfação que esse é também o propósito do governo de Angola, observou o primeiro-ministro.

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