Isabela Vieira, repórter
2 março 2009/Agência Brasil http://www.agenciabrasil.gov.br
Rio de Janeiro - O primeiro armazém brasileiro de ajuda humanitária internacional, inaugurado hoje (2), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, não foi criado para favorecer a promoção do Brasil ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
A informação foi dada pelo subsecretário de Cooperação e de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Ruy Nogueira, o terceiro na hierarquia do Itamaraty, ao participar da abertura do galpão.
“O Brasil não faz nada com objetivo de comprar votos no Conselho de Segurança da ONU”, afirmou à imprensa.
Segundo o embaixador, a criação do armazém, com capacidade para 14 toneladas de mantimentos, é um “ato de solidariedade”, “desinteressado”.
“A ação humanitária tem sido cada vez mais um instrumento da política externa brasileira, que se caracteriza pela solidariedade às nações em desenvolvimento como o Brasil”, declarou.
No entanto, o embaixador não descarta que a medida possa ajudar no “posicionamento do Brasil no cenário mundial”. “Em política, nada é de graça”, afirmou.
O armazém foi criado por um grupo formado por 14 ministérios com o objetivo de agilizar o envio de ajuda humanitária a outros países. Em 2008, o Brasil destinou R$ 23 milhões para atender solicitações de 18 países.
Por enquanto, o armazém guarda alimentos não-perecíveis, doados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que fará reposição imediata, após as remessas. Para armazenar remédios, ainda é preciso um convênio com o Ministério da Saúde.
“Teremos um ramo internacional dos estoques que a Conab já utiliza para atuações humanitárias no Brasil”, explicou o embaixador.
O local destinado ao armazém humanitário fica no terminal de cargas do Aeroporto Tom Jobim, em frente à Base Aérea, de onde partem aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para operações em todo o mundo.
Em uma das missões recentes, a FAB levou 15 toneladas de remédios e alimentos para atingidos com a guerra na Faixa de Gaza, em janeiro. Ao final do ano passado, 45 mil toneladas de arroz também foram transportadas a países do Caribe e da América Central, afetados por furacões.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/03/02/materia.2009-03-02.4212820397/view
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