quarta-feira, 11 de julho de 2007

Angola/TAAG: Governo ameaça não prorrogar acordos com a Europa

Luanda, 11 Julho 2007 - O governo de Angola voltou a criticar terça-feira a decisão da União Europeia de interditar o seu espaço aéreo aos aviões angolanos e adiantou que, caso a situação prevaleça até Outubro, não prorrogará os acordos aéreos com alguns países europeus.

"O governo da República de Angola reitera que a decisão da União Europeia foi precipitada e injusta, porque não levou em consideração nem a qualidade da frota aérea, nem a disponibilidade da TAAG e do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC), para superarem, dentro de prazos razoáveis, as referidas não conformidades, nem tão pouco o esforço na sua superação efectiva, como ficou demonstrado na inspecção de 3 de Julho de 2007 em Paris", salienta o executivo angolano através de uma declaração divulgada na capital angolana.

No documento, o governo angolano diz ter dado instruções, através dos Ministério dos Transportes, para que a TAAG aceite a decisão do Comité de Segurança Aérea da União Europeia, continue o esforço de organização e reestruturação em curso e tome todas as "providências necessárias", para que seja retirada da citada lista negra "o mais brevemente possível".

"No caso disso não acontecer até Outubro, o governo de Angola reserva-se ao direito de não prorrogar a validade dos acordos aéreos com alguns países da União Europeia", lê-se na declaração.

Nesse sentido, o governo angolano considera que, "a TAAG deve estudar com urgência rotas para outros mercados, com vista a garantir a plena utilização das suas aeronaves e encontrar soluções para a assegurar a capacidade de transporte de e para os países da União Europeia, satisfazendo a sua fiel clientela na sua plenitude".

"O governo de Angola reafirma o seu empenhamento em assegurar que o transporte aéreo angolano seja realizado dentro dos padrões internacionais de segurança e entende tranquilizar todos os passageiros que possam estar preocupados com as recentes restrições impostas pela União Europeia, assegurando que as aeronaves da TAAG se encontram em perfeitas condições técnicas e de segurança, tendo o seu o seu pessoal sido formado com apoio do fabricante", refere a declaração.

Acrescenta que, "a prova é que não foram encontrados a esse nível quaisquer anomalias que colocassem as mesmas nas classes restrição de operação, detenção ou repercussão na permissão de entrada conforme o formulário das inspecções".

A justificar esta posição, o governo de Angola esclarece textualmente que, a 04 de Julho de 2007 a Comissão Europeia adoptou uma regulamentação a emendar a lista das companhias aéreas sujeitas à interdição de operarem nos países da União Europeia, incluindo nela a companhia nacional TAAG.

Em face dessa decisão a TAAG cancelou todos os seus voos para Paris e Lisboa a partir de 6 de Julho de 2007. (Noticias Lusófonas)

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