quinta-feira, 10 de novembro de 2016

BRICS, БРИКС/COMO PAÍSES ESTRANGEIROS TENTAM DESESTABILIZAR SITUAÇÃO EM HONG KONG

9 novembro 2016, Sputnik Brasil http://br.sputniknews.com (Rússia)

 

Após os recentes comentários dos EUA sobre as tensões entre a China e a região administrativa de Hong Kong, alguns países estrangeiros, principalmente os EUA e o Reino Unido, estão tentando desestabilizar a situação na China, consideram analistas políticos russos.

Em entrevista à Sputnik, eles apontam que tais tentativas representam instigação e interferência nas questões internas da China.

Na segunda-feira, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano
Mark Toner apelou aos governos da China e de Hong Kong para “se absterem de ações que abalem a confiança” no país.

As recentes tensões ocorreram entre a China e Hong Kong quando Pequim não permitiu a dois políticos eleitos de Hong Kong, que defendem a independência da cidade, a se juntarem ao parlamento como deputados.

Por seu turno, o porta-voz da chancelaria chinesa Lu Kang destacou que Hong Kong é uma região administrativa especial da China e que os assuntos de Hong Kong são inteiramente questões internas da China.

“Isto está completamente sob a soberania da China e os outros países não têm o direito de interferir”, ressaltou Kang. Ele acrescentou que certas forças independentistas de Hong Kong planejam dividir a China e ganhar o apoio de países estrangeiros com esse objetivo. Vladimir Evseev, vice-diretor do Instituto da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), declarou à Sputnik que Washington “está usando todas as oportunidades para criar problemas à China”.

Evseev acha que os recentes protestos em Hong Kong podem ter sido planejados com ajuda dos EUA. Segundo ele, neste caso a China tem pleno direito de restabelecer a ordem no seu território. Pequim decidiu não envolver o exército, se limitando apenas ao uso de forças policiais e medidas restritivas.

Outro especialista russo, Alexey Maslov, da Escola Superior da Economia, informou à Sputnik que a interferência externa nas questões internas de Hong Kong teve início oito anos atrás através da criação de vários fundos e programas de treinamento nos câmpus da Universidade de Hong Kong e da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Segundo ele, esses programas de treinamento, realizados por especialistas norte-americanos e britânicos, têm por objetivo manipular a opinião pública em Hong Kong, questionando os direitos e liberdades através da juventude.

Maslov opina que tal desinformação visa “desestabilizar a China e mostrar que Pequim suprime as liberdades e direitos fundamentais dos cidadãos”. Finalmente, Andrei Karneev, vice-diretor do Instituto para Estudos da Ásia e África da Universidade Estatal de Moscou declarou à Sputnik que seria errado não relacionar os eventos em Hong Kong com a influência externa.

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