16 novembro 2016,
Rede Brasil Atual http://www.redebrasilatual.com.br (Brasil)
"Nas ocupações estão as mais importantes
trincheiras contra o retrocesso e pela democracia", declarou a
ex-presidenta
São Paulo –
A ex-presidenta Dilma Rousseff gravou vídeo com mensagem de apoio aos
estudantes que ocupam escolas por todo o país contra a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 55 (aprovada na Câmara como PEC 241) e a Medida Provisória (MP) 746, da
reforma do ensino médio.
Segundo
Dilma, a PEC "reduz o orçamento da educação, criando um teto que limita
por 20 anos o gasto público". Com o congelamento de gastos na educação, da
creche à pós-graduação, a ex-presidenta diz que o projeto significa "o fim
do mundo para a educação brasileira".
Na semana
passada, em encontro com empresários, o presidente Michel Temer tripudiou sobre a luta dos
estudantes, afirmando
que eles não sabem nem sequer o significado da sigla. " (Pergunto) você
sabe o que é uma PEC? É uma Proposta de Ensino Comercial. Estou dando um
exemplo geral de que as pessoas debatem sem discutir ou ler o texto",
ironizou.
Sobre a
reforma do ensino médio, Dilma diz que a proposta vem sendo conduzida de forma autoritária,
sem diálogo com os setores envolvidos, e representa "mais um ataque à
democracia".
"Por
isso, a mobilização de vocês é fundamental. Nas ocupações de escolas e
universidades estão as mais importantes trincheiras contra o retrocesso, pela
democracia e pelos direitos sociais. Envio
a vocês um forte abraço, a vocês, estudantes, que lutam pela educação pública,
gratuita e de qualidade para todos."
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Recomendamos 1/2
Brasil/UNE mobiliza
caravana rumo à Brasília para dizer não à PEC 55
16 novembro 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br
(Brasil)
A União Nacional dos Estudantes (UNE), em conjunto
com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação
Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), mobilizam uma caravana nacional opara ocupar
Brasília no próximo dia 29 de novembro, momento que a PEC 55 provavelmente será
votada no Senado. Os estudantes também reivindicam a imediata revogação da
Medida Provisória do Ensino Médio, que intensificará a precarização do nível.
Nesta segunda (14) e terça-feira (15)
diretores da UNE, Ubes e ANPG presentes em uma reunião aberta na Universidade
de Brasília (UnB) com representantes de ocupações estudantis de todo o Brasil
aprovaram uma resolução de Conjuntura que decidiu como data central de lutas o
próximo dia 29 de setembro.
No próximo dia 25 de novembro haverá mobilizações nas capitais, em conjunto com centrais sindicais e movimentos sociais.
Carina Vitral, presidente da UNE, comenta sobre a importância da data. "Depois de mil escolas ocupadas e 220 universidades, é hora de dar o recado ao Congresso Nacional para não passar a PEC 55, vamos ocupar Brasília", anuncia a estudante.
A UNE está convidando estudantes de todo o país que queiram participar da marcha contra a PEC 55 e somar ao ato do dia 29. Os interessados devem entrar neste link e se inscrever.
Os estudantes, que ocupam mais de 200 universidades contra a PEC 55, denunciam que a medida pretende estrangular os investimentos em educação nos próximos 20 anos e encerrará um ciclo de expansão e acesso ao qual universidades públicas foram submetidas nos últimos 10 anos, encarando, dessa forma, um quadro semelhante ou pior que a educação pública enfrentou no anos 90.
No próximo dia 25 de novembro haverá mobilizações nas capitais, em conjunto com centrais sindicais e movimentos sociais.
Carina Vitral, presidente da UNE, comenta sobre a importância da data. "Depois de mil escolas ocupadas e 220 universidades, é hora de dar o recado ao Congresso Nacional para não passar a PEC 55, vamos ocupar Brasília", anuncia a estudante.
A UNE está convidando estudantes de todo o país que queiram participar da marcha contra a PEC 55 e somar ao ato do dia 29. Os interessados devem entrar neste link e se inscrever.
Os estudantes, que ocupam mais de 200 universidades contra a PEC 55, denunciam que a medida pretende estrangular os investimentos em educação nos próximos 20 anos e encerrará um ciclo de expansão e acesso ao qual universidades públicas foram submetidas nos últimos 10 anos, encarando, dessa forma, um quadro semelhante ou pior que a educação pública enfrentou no anos 90.
Do Portal Vermelho, Laís Gouveia, com informações da
UNE
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Recomendamos 2/2
Brasil/PODERES FORA DA LEI
13 novembro
2016, EDITORIAL Rede Brasil Atual http://www.redebrasilatual.com.br (Brasil)
por Redação
RBA
A Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 55 tende a abolir cláusulas pétreas previstas na
Constituição. Ao propor engessamento de gastos públicos de governos nos
próximos 20 anos, a PEC viola princípios da Carta que se referem ao voto
direto, secreto, universal – de que adianta o cidadão eleger um governo se ele
não pode governar? –, à separação de poderes e aos direitos e garantias
individuais. Por essas razões, deve ter sua tramitação interrompida no
Congresso Nacional.
A posição
acima descrita não é de nenhum dirigente da CUT, senador da oposição ou jurista
de esquerda. Trata-se de parecer do advogado Ronaldo Jorge Araujo Vieira
Junior, mestre em Direito pela Universidade de Brasília e consultor legislativo
do Senado. Se a proposta, já aprovada na Câmara como PEC 241, não for retirada
da Casa, conclui o consultor, estará sujeita a sofrer ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Como se vê pelo andar da
carruagem, a PEC não foi retirada.
A questão
é: e se o STF lavar as mãos e fechar os olhos para a violação das leis? Já o
fez em diversos episódios de sua história, como foi reportado na edição
anterior desta revista, e sua cumplicidade com as agressões ao Estado de
direito segue em pleno andamento, como se vê em nova reportagem nesta edição.
Afinal, o que significa uma Corte restringir o direito de greve dos
trabalhadores do setor público, afirmar que a Justiça do Trabalho protege
empregados e prejudica empresários ou tolerar a terceirização irregular de mão
de obra?
Se as
regras dessa PEC estivessem em vigor 20 anos atrás, os orçamentos da saúde e da
educação teriam recebido algumas centenas de bilhões a menos nas últimas duas
décadas. E o salário mínimo, segundo um estudo, em vez de R$ 880, valeria R$
400 por mês. Aos trabalhadores e movimentos populares cabe se organizar para
reagir e resistir a essa onda de retrocesso. Ou os ataques ao Estado de direito
estarão apenas começando. Como escreveu certa vez o colunista Emir Sader,
“estão tratando de constitucionalizar o neoliberalismo”, objetivo que Fernando
Henrique Cardoso não conseguiu, a seu tempo, materializar porque o voto popular
não permitiu. Agora, o próprio voto é uma conquista posta em xeque.
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