30 março 2016, Pátria Latina
http://www.patrialatina.com.br (Brasil)
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo
Tribunal Federal (STF), endossou o que disse a presidenta Dilma Rousseff e
afirmou, nesta quarta-feira (30), que se o impeachment não for baseado em fatos
que configurem crime de responsabilidade, ocorrerá um golpe.
“Acertada a premissa,
ela tem toda razão. Se não houver fato jurídico que respalde o processo de
impedimento, esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como
golpe”, disse Marco Aurélio.
A Globo e demais
veículos tentam manipular as declarações de outros ministros para
convencer a
sociedade de que não se trata de um golpe contra a democracia, mas sim de um
processo legítimo, já que está previsto na Constituição.
O ministro também
declarou que o afastamento não é solução para a crise. “É uma esperança vã (que
o impeachment resolva a crise). Impossível de frutificar. Nós não teremos a
solução e o afastamento das mazelas do Brasil apeando a presidente da
República. O que nós precisamos, na verdade, nessa hora, é de entendimento, é
de compreensão, é de visão nacional”, asseverou.
Marco Aurélio disse
também que o momento é de cautela, enfatizando que a situação atual do país é
diferente de 1992, quando Fernando Collor de Mello sofreu impeachment.
“Precisamos aguardar o
funcionamento das instituições. Precisamos, nessa hora, de temperança.
Precisamos guardar princípios e valores e precisamos ter uma visão prognostica.
Após o impedimento, o Brasil estará melhor? O que nós teremos após o
impedimento? A situação é diversa de 1992, porque temos dois segmentos que se
mostram, a essa altura, antagônicos, e não queremos conflitos sociais. Queremos
a paz social — afirmou.
Sobre a possibilidade
do governo apresentar recurso ao STF caso escolha o caminho do golpe, Marco
Aurélio disse que terá respaldo legal para tal recurso.
“Pode (recorrer). O
Judiciário é a última trincheira da cidadania. E pode ter um questionamento
para demonstrar que não há fato jurídico, muito embora haja fato político,
suficiente ao impedimento. E não interessa de início ao Brasil apear esse ou
aquele chefe do Executivo nacional ou estadual. Porque, a meu ver, isso gera
até mesmo muita insegurança. O ideal seria o entendimento entre os dois
poderes, como preconizado pela Constituição Federal para combater-se a crise
que afeta o trabalhador, a mesa do trabalhador, que é a crise
econômico-financeira. Por que não se sentam à mesa para discutir as medidas
indispensáveis nesse momento? Por que insistem em inviabilizar a governança
pátria. Nós não sabemos”, enfatizou.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
------------- Relacionada
Brasil/Defesa de Lula denuncia que Moro continua a grampear Dilma
31 março
2016, 31 março 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Em
petição encaminhada nesta quinta-feira (31) ao Supremo Tribunal Federal, os advogados
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciam que o juiz Sergio Moro,
responsável pela Lava Jato, continua monitorando a presidente Dilma Rousseff, o
que é ilegal, pois a competência seria do STF.
Os advogados Roberto
Teixeira e Cristiano Martins anexaram como prova trechos de um inquérito
policial, que, além de vasculhar os descolocamentos de todos os integrantes da
família "Lula da Silva", também indica o monitoramento da presidente
Dilma Rousseff.
"Afora essa reprovável e ilegal devassa, o que é relevante para estes autos é que o citado relatório demonstra que aquele feito também estava monitorando os movimentos migratórios da Exma. Sra. Presidenta da República", diz a petição.
O Supremo julga nesta tarde se mantém a decisão Moro continuar na condução dos inquéritos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também nesta quinta (31), o advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse que que decisão do juiz Moro em autorizar a divulgação dos áudios entre Lula e a Dilma ofendeu a Constituição e a legalidade vigente.
"Na medida em que alvos interceptados se comunicaram com a presidenta da República, com ministros de Estado e com parlamentares não poderia sua excelência Sérgio Moro ter feito qualquer consideração sobre esta matéria, sob pena de clara de usurpação de competência desta Suprema Corte", argumentou Cardozo.
"Afora essa reprovável e ilegal devassa, o que é relevante para estes autos é que o citado relatório demonstra que aquele feito também estava monitorando os movimentos migratórios da Exma. Sra. Presidenta da República", diz a petição.
O Supremo julga nesta tarde se mantém a decisão Moro continuar na condução dos inquéritos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também nesta quinta (31), o advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse que que decisão do juiz Moro em autorizar a divulgação dos áudios entre Lula e a Dilma ofendeu a Constituição e a legalidade vigente.
"Na medida em que alvos interceptados se comunicaram com a presidenta da República, com ministros de Estado e com parlamentares não poderia sua excelência Sérgio Moro ter feito qualquer consideração sobre esta matéria, sob pena de clara de usurpação de competência desta Suprema Corte", argumentou Cardozo.
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