1º
abril 2013, EDITORIAL Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Há
49 anos, entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964, as Forças Armadas
brasileiras derrubaram o governo legítimo e constitucional do país, encabeçado
pelo presidente João Goulart e implantaram a ditadura militar, que durou 21
anos.
O golpe militar de 1964 culminou a ocorrência de sucessivas crises políticas que se arrastavam desde o período do imediato pós-guerra e que tiveram como episódios mais marcantes os retrocessos das conquistas democráticas da Constituinte de 1946, golpeadas pelo governo Dutra, o suicídio em 1954 do presidente Getúlio Vargas, cujo governo foi alvo de ofensiva imperialista e conservadora, a tentativa de impedir a posse do presidente Juscelino Kubitscheck, a renúncia de Jânio Quadros e a intentona golpista para impedir a posse de João Goulart e depois para que não governasse com os poderes que lhe assegurava a Constituição.
Tudo isso eram episódios de uma luta de fundo entre as forças que se empenhavam para democratizar o país e incorporar as massas populares na vida política nacional e por reformas econômicas e sociais que superassem a pobreza, o atraso e a dependência do país, por um lado e, por outro, as classes dominantes e o imperialismo, cujo projeto para o país excluía o povo e os trabalhadores e pressupunha um “desenvolvimento nacional” dependente. A grande bandeira do governo derrocado era a realização das reformas de base, cuja essência era a conquista de direitos sociais e do desenvolvimento nacional soberano.
Foi contra esta tendência de mudanças que as classes dominantes retrógradas aliadas ao imperialismo e apoiadas nas Forças Armadas se insurgiram. Completava o quadro de ameaças à democracia e à soberania nacional, que vieram a se concretizar com o golpe militar, a conjuntura internacional de então, marcada por uma ofensiva do imperialismo estadunidense para consolidar seu domínio estratégico na região da América Latina.
É necessário reavivar a memória dos brasileiros sobre o que foi o regime militar implantado em 1964. De todos os regimes e formas de governo a que as classes dominantes recorreram no período republicano para assegurar o poder político, a ditadura dos generais foi o mais danoso à democracia, aos direitos humanos, aos direitos sociais e à soberania nacional, mesmo quando travestida de “nacionalista” e “desenvolvimentista”. Tinha na sua essência o caráter antipopular e antinacional.
Foi um regime facínora que causou irreversíveis danos ao país, deixando feridas ainda hoje não cicatrizadas.
Um regime que, tendo aderido à lógica de ferro da guerra fria como aliado do imperialismo estadunidense, desencadeou brutal guerra ao povo brasileiro, durante a qual não se deteve quando se tratou de reprimir a ferro e fogo as forças políticas resistentes, fazendo uso, quando julgou necessário, de métodos fascistas de governo, entre estes uma ignominiosa repressão policial-militar, cujo consagrado método foi a tortura e o assassínio de opositores.
Um regime moldado pelos e para os interesses das classes dominantes retrógradas, cujo pavor e aversão atávicos a mudanças progressistas levaram-nas a instituir mecanismos arbitrários para o exercício do poder a fim de assegurar a edificação de um modelo econômico e social que concentrou renda e consolidou o apartheid social.
A um ano de completar-se meio século, o dia em que foi deflagrado o golpe militar no Brasil deve ser lembrado e compreendido como algo que o povo brasileiro não consentirá que se repita jamais. Exercendo hoje maior protagonismo e adquirindo mais consciência do seu papel, o povo brasileiro extrai as lições do passado para compreender melhor o quanto é necessário lutar no presente e abrir mais caminhos para que o Brasil seja uma nação progressista, apanágio da liberdade, da soberania nacional e da justiça social.
O golpe militar de 1964 culminou a ocorrência de sucessivas crises políticas que se arrastavam desde o período do imediato pós-guerra e que tiveram como episódios mais marcantes os retrocessos das conquistas democráticas da Constituinte de 1946, golpeadas pelo governo Dutra, o suicídio em 1954 do presidente Getúlio Vargas, cujo governo foi alvo de ofensiva imperialista e conservadora, a tentativa de impedir a posse do presidente Juscelino Kubitscheck, a renúncia de Jânio Quadros e a intentona golpista para impedir a posse de João Goulart e depois para que não governasse com os poderes que lhe assegurava a Constituição.
Tudo isso eram episódios de uma luta de fundo entre as forças que se empenhavam para democratizar o país e incorporar as massas populares na vida política nacional e por reformas econômicas e sociais que superassem a pobreza, o atraso e a dependência do país, por um lado e, por outro, as classes dominantes e o imperialismo, cujo projeto para o país excluía o povo e os trabalhadores e pressupunha um “desenvolvimento nacional” dependente. A grande bandeira do governo derrocado era a realização das reformas de base, cuja essência era a conquista de direitos sociais e do desenvolvimento nacional soberano.
Foi contra esta tendência de mudanças que as classes dominantes retrógradas aliadas ao imperialismo e apoiadas nas Forças Armadas se insurgiram. Completava o quadro de ameaças à democracia e à soberania nacional, que vieram a se concretizar com o golpe militar, a conjuntura internacional de então, marcada por uma ofensiva do imperialismo estadunidense para consolidar seu domínio estratégico na região da América Latina.
É necessário reavivar a memória dos brasileiros sobre o que foi o regime militar implantado em 1964. De todos os regimes e formas de governo a que as classes dominantes recorreram no período republicano para assegurar o poder político, a ditadura dos generais foi o mais danoso à democracia, aos direitos humanos, aos direitos sociais e à soberania nacional, mesmo quando travestida de “nacionalista” e “desenvolvimentista”. Tinha na sua essência o caráter antipopular e antinacional.
Foi um regime facínora que causou irreversíveis danos ao país, deixando feridas ainda hoje não cicatrizadas.
Um regime que, tendo aderido à lógica de ferro da guerra fria como aliado do imperialismo estadunidense, desencadeou brutal guerra ao povo brasileiro, durante a qual não se deteve quando se tratou de reprimir a ferro e fogo as forças políticas resistentes, fazendo uso, quando julgou necessário, de métodos fascistas de governo, entre estes uma ignominiosa repressão policial-militar, cujo consagrado método foi a tortura e o assassínio de opositores.
Um regime moldado pelos e para os interesses das classes dominantes retrógradas, cujo pavor e aversão atávicos a mudanças progressistas levaram-nas a instituir mecanismos arbitrários para o exercício do poder a fim de assegurar a edificação de um modelo econômico e social que concentrou renda e consolidou o apartheid social.
A um ano de completar-se meio século, o dia em que foi deflagrado o golpe militar no Brasil deve ser lembrado e compreendido como algo que o povo brasileiro não consentirá que se repita jamais. Exercendo hoje maior protagonismo e adquirindo mais consciência do seu papel, o povo brasileiro extrai as lições do passado para compreender melhor o quanto é necessário lutar no presente e abrir mais caminhos para que o Brasil seja uma nação progressista, apanágio da liberdade, da soberania nacional e da justiça social.
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