29
abril 2013, Macauhub
http://www.macauhub.com.mo (China)
As novas infra-estruturas de
transportes previstas para Luanda, incluindo comboios suburbanos, vão estimular
o crescimento económico angolano, afirma a Economist Intelligence Unit.
Entre os vários projectos de
modernização da rede de transportes da capital angolana, apresentados pelo
governo no início de 2013, está o prolongamento até ao centro de Luanda da
linha ferroviária para a Zona Económica Especial de Viana.
“Isto vai tornar [o transporte
ferroviário] mais atractivo para os trabalhadores de `colarinho branco´,
particularmente do sector petrolífero, dada a proximidade da estação em relação
à principal base de logística petrolífera, a empresa Sonils”, refere a EIU no
seu mais recente relatório sobre Angola.
Após uma paralisação de 20 anos, o
transporte de cargas por caminho-de-ferro em Angola a partir do porto de Luanda
reiniciou-se em Março.
De acordo com o ministro dos
transportes, Augusto da Silva Tomás, estão em curso estudos para mais três
linhas ferroviárias: uma ligando o centro de Luanda ao subúrbio de Talatona
(sul), uma segunda até ao distrito de Kilamba Kiaxi, novo centro habitacional
de grandes dimensões e uma terceira para o novo aeroporto, em construção no Bom
Jesus.
O projecto implica a construção de
uma estação central em Luanda, onde se articularão todos os modos de transporte
colectivo de passageiros (rodoviários, ferroviários e transporte individual).
Entre as várias medidas que estão a
ser estudadas para posterior execução, inclui-se também a criação de uma linha
ferroviária que vai ligar Angola e as vizinhas repúblicas da Zâmbia e da
Namíbia, a fim de intensificar as relações comerciais entre os três países.
Com a reconstrução das linhas de
caminho-de-ferro, conseguida em grande medida com o financiamento e intervenção
de empresas chinesas, a par de melhor acesso à doca seca próxima de Viana, a
dimensão dos fretes está a aumentar, o que deverá lentamente reduzir o número
de cargas pesadas que entopem ruas estreitas e por vezes avariam nalgumas das
principais artérias da capital, afirma a EIU.
“Melhores transportes públicos irão
reduzir os custos de negócio, aumentar a confiança dos investidores e melhorar
o ambiente geral para o sector privado”, refere o relatório.
Por definir, salienta, está a data
dos projectos, que podem estar a alguns anos de distância, encorajando desde já
as pessoas a comprar propriedades em novas zonas da periferia que actualmente
são pouco atractivas por causa da falta de alternativas de transportes.
“Estes projectos vão melhorar as
infra-estruturas de Luanda e levar a um mais rápido crescimento económico”,
refere a EIU, que mantém as suas previsões para o país inalteradas até ao
início da construção.
No ano passado, o governo angolano
disse estar a estudar a fusão das principais empresas de caminhos-de-ferro do
país – Benguela (CFB), Luanda (CFL) e Moçâmedes (CFM) – tendo em vista a venda
parcial do seu capital a investidores privados. (macauhub)
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