O Procuradoria-geral da República descreve os sectores da Justiça, Finanças, Interior, Saúde e Educação, como os que estão a ser alvo de medidas apertadas, por se afigurarem os mais sensíveis a práticas corruptas, razão pela qual se mostra importante o envolvimento das massas, com vista à transformação da luta contra a corrupção numa luta popular e democrática. Foi com este propósito que em parceria com o Ministério da Educação foi lançada no último fim-de-semana, na Escola Secundária Samora Machel, na cidade da Beira, a campanha de combate à corrupção no sector da Educação, acto presidido pelo titular do pelouro, Zeferino Martins, e testemunhado pelo Vice-PGR, Edmundo Carlos Alberto, do Procurador-Geral Adjunto, Taíbo Mucobora, da directora do Gabinete Central de Combate à Corrupção, Ana Maria Gemo e de outros quadros das duas instituições.
19 abril 2010/Notícias
A corrupção na Educação faz-se sentir com alguma frequência no processo de matrículas, nas promoções, processo de exames escolares, atribuição de notas de passagem, mudança de carreiras, registo académico, certificação, contratação de empreitadas e distribuição gratuita do livro escolar. Com esta campanha pretende-se envolver os cerca de sete milhões de alunos em todo o país, pais e encarregados de educação, membros do Conselho de Escola, sociedade civil, bem como os mais de 140 mil professores e funcionários não docentes para que tomem a peito a necessidade de se apertar o cerco aos corruptos.
O Ministro de Educação, Zeferino Martins, descreveu a corrupção como um fenómeno social que constitui obstáculo ao desenvolvimento harmonioso das sociedades, que mina a nossa credibilidade como indivíduos, como sociedade e como país perante a comunidade internacional, chegando a pôr em causa as relações entre os indivíduos e até entre os Estados.
“Um pouco por todo o lado há funcionários que exigem pagamentos ilícitos para prestar um serviço que é função da administração pública. Assim, a escola é o lugar ideal para a disseminação da mensagem de combate à corrupção como contributo curricular na formação do Homem íntegro, honesto e vertical, preparado para construir uma sociedade sã. Assim, a escola, a par da família, é um agente de socialização privilegiado. É o lugar por excelência, onde se molda e se legitima a ordem social que todos aspiramos” – disse. (Hélio Filimone)
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