A Ministra do Trabalho do nosso país, Helena Taípo considera que os governos da região Austral de África precisam manter o ritmo de diálogo entre si, cada vez mais extensivo aos parceiros sociais, visando identificar maneiras de manter o emprego sustentável para os seus cidadãos. Tal desiderato, segundo a governante, passa por uma melhoria das políticas sobre a criação de emprego e de protecção social acessível a todos, sem perder de vista os objectivos de desenvolvimento do milénio definidos pelas Nações Unidas.
27 abril de 2010/Notícias
Intervindo ontem na abertura da reunião anual de peritos do Trabalho, Emprego Parceiros Sociais da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), a decorrer em Maputo, a Ministra do Trabalho referiu-se à importância que joga o facto do encontro juntar governos, empregadores e trabalhadores da região, afirmando que isso vai permitir que se construa uma visão comum sobre como mitigar os males que apoquentam o mercado do trabalho, sobretudo no contexto da crise económica e financeira internacional, muitas vezes apontada como a grande responsável pela perda de postos de emprego e pela escassez de projectos capazes de estimular o surgimento de outros.
Em Moçambique mais de mil trabalhadores perderam emprego nos últimos três anos, por razões pretensamente associadas à crise económica mundial. A Ministra do Trabalho, Helena Taipo, diz que este número poderá subir nos próximos tempos, com o iminente despedimento de mais de uma centena de trabalhadores do projecto PROCANA, na província de Gaza, por motivos ligados à insustentabilidade do empreendimento.
De referir que a ministra Taipo é defensora da ideia de que em Moçambique a crise sempre teve mais efeitos colaterais do que propriamente um grande impacto sobre o emprego.
Sobre as estratégias que Moçambique vem adoptando com vista a promover emprego para os cidadãos, a Ministra do Trabalho referiu-se à introdução, em 2006, de um fundo de microcrédito, os vulgos “sete milhões de meticais”, destinado a incluir e capacitar os cidadãos das zonas rurais em projectos de desenvolvimento nacional. Explicou que o seu ministério tem vindo a envolver-se na formação dos beneficiários desses projectos, designadamente, associações e outros grupos sócio-profissionais, principalmente em matérias ligadas à gestão económico-financeira dos negócios.
Segundo Helena Taipo, em três anos de implementação da iniciativa, Moçambique conseguiu criar mais de 250 mil postos de trabalho nas zonas rurais, além de que a implementação desta estratégia política já está a obrigar a banca, as empresas de construção civil e outras a expandirem-se para o campo, ao mesmo tempo que incentiva os jovens a instalarem-se naquelas áreas outrora vistas como as piores para se viver.
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