segunda-feira, 19 de abril de 2010

Equador exige novos contratos com petroleiras

18 abril 2010Esquerda http://www.esquerda.net

Para o presidente do pais, Rafael Correa, algumas multinacionais "abusaram do país" lembrando que nada disseram quando os preços dispararam.

O presidente Rafael Correa vai enviar para estudo da Assembleia Nacional (Congresso) uma lei que facilite a expropriação de campos petrolíferos de empresas que se neguem a mudar os contratos de participação pelos de prestação de serviços.

Segundo Correa algumas multinacionais "abusaram do país". "Quando os preços do petróleo dispararam, ficaram caladinhas enchendo os bolsos e agora estão ignorando a renegociação”. Correa defende que Estado seja proprietário de toda a produção, pagando às companhias um valor específico referente à extração da commodity. Já Em 2007, Correa havia reduzido de 50% a 1% os lucros extraordinários das petroleiras.

Principal produto de exportação, o Equador extraiu 466.000 barris diários (b/d) de petróleo entre Janeiro e Fevereiro de 2010, dos quais 41% correspondeu às petroleiras estrangeiras, financiando cerca de 25% do orçamento geral do Estado. O Equador é o menor membro da Opep tendo exportado em 2009 327.000 b/d.

Em causa estão os contratos celebrados com a espanhola Repsol-YPF, o consórcio chinês Andes Petroleum, a unidade da italiana ENI, Agip, e brasileira Petrobrás. Para Correa, cada dia de atraso na assinatura dos novos contratos “representa milhões de dólares que entram nos cofres dessas empresas quando deveriam entrar nos cofres do Estado equatoriano”.

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