O presidente da República, Armando Guebuza, manifestou ontem em Tete o desejo de ver iniciada mais breve possível a exploração de carvão em larga escala nos jazigos de Moatize como valioso contributo para a implementação da agenda nacional de luta contra a pobreza.
14 Abril 2010, Notícias
Armando Guebuza manifestou tal desejo quando procedia ao lançamento formal da primeira pedra do Projecto de Exploração de Carvão de Benga, em Moatize, no prosseguimento da presidência aberta e inclusiva que efectua à província de Tete. A extensão dos recursos carboníferos em Benga permite mineração a céu aberto. A mina dispõe de um potencial para a produção bruta de 20 milhões de toneladas anuais por um período estimado em mais de 25 anos.
Para Armando Guebuza, Moçambique é um país dotado de uma vasta gama de recursos minerais e de hidrocarbonetos que têm estado a atrair a atenção de mais investidores nacionais e estrangeiros. Segundo o Chefe do Estado, para além dos vastos depósitos de carvão em Tete, o país dispõe de enormes reservas de minerais de titânio nas areias pesadas em Chibuto, onde ocorre o jazigo de ilmenite, considerado o maior do mundo; recursos auríferos e metais básicos, incluindo o ferro, cobre e níquel nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Tete, Manica e Sofala; bem assim largas reservas de minerais de tântalo e nióbio na Zambézia; pedras preciosas e semi-preciosas e pedras ornamentais em vastos espaços do território nacional. A estes recursos, segundo acrescentou, se adicionam as grandes reservas de gás na província de Inhambane bem como as ocorrências promissoras deste hidrocarboneto identificadas no bloco do Rovuma, em Cabo Delgado.
“Ësta riqueza e diversidade de recursos coloca a indústria extractiva num lugar de destaque na nossa agenda nacional de luta contra a pobreza”, afirmou.
O Presidente da República considerou a gestão transparente destes recursos como prioridade nacional. Disse que para reforçar a sua capacidade na garantia da crescente transparência na exploração destes recursos e como complemento do quadro jurídico nacional, o Governo aderiu à Iniciativa de Transparência na Indústria Extractiva.
Por outro lado, indicou que a cerimónia ontem havida em Benga marca o lançamento de um desafio para os moçambicanos usarem a sua capacidade empreendedora e a sua criatividade e proactividade para identificarem e explorarem as oportunidades que a mina cria. Disse que os moçambicanos têm assim um potencial disponível para aumentarem o impacto e os benefícios directos que os sete milhões de meticais já estão a produzir em Benga, distrito de Moatize, e em todo Moçambique.
Entretanto, o presidente executivo da Riversdale Mining, Michael O’keefe, a concessionária do projecto, afirmou que o lançamento da primeira pedra para a exploração carbonífera em Benga marca o começo de um programa de obras de investimento que por fim resultará em mais de um bilião de dólares gastos no desenvolvimento de uma grande mina de carvão. Disse tratar-se de um dos maiores projectos de investimento directo estrangeiro em Moçambique.
Indicou que a sua companhia tem pleno compromisso em assegurar que as comunidades locais tirem maior beneficio deste empreendimento. Até porque, a começar, irá garantir que todos empregos possíveis sejam direccionados primeiro às comunidades locais.
Entretanto, no prosseguimento da sua presidência aberta e inclusiva, o Presidente da República reuniu-se ontem com a juventude na cidade de Tete e hoje desloca-se ao distrito de Cahora Bassa onde irá orientar um comício popular em Nova Chicôa, uma zona de eco – turismo. (Salomão Muiambo, em Tete)
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