6 dezembro 2009/timorlosaenacao http://timorlorosaenacao.blogspot.com
Díli – A FRETILIN decidiu hoje, na sua II Conferência Geral de Quadros, não abandonar “para já” o Parlamento de Timor-Leste, mas admite vir a fazê-lo “no momento certo” para provocar eleições antecipadas.
No tocante à renúncia de mandato do Parlamento Nacional, a Conferência concluiu ser necessário “manter esta vertente de combate como forma de reafirmar uma linha de coerência na posição da FRETILIN”, revela o texto das conclusões da conferência, que decorreu em Díli.
De acordo com o mesmo documento, a que a Lusa teve acesso, “os conferencistas aconselham maior ponderação de modo a não se usar este instrumento (a bancada parlamentar) isoladamente de todas as outras formas de luta, contra o governo de facto da AMP”.
Apesar de não considerarem oportuno o abandono do Parlamento, os participantes na II Conferência Geral de Quadros da FRETILIN deixaram em aberto esse cenário: “a renúncia só se fará no momento certo, como um acto último e necessário para provocar eleições antecipadas”.
A II Conferência Geral de Quadros foi convocada pelo Comité Central da FRETILIN, no âmbito do “Processo de Reajustamento Estrutural” do partido, iniciado em Holarua, Manufahi em Outubro de 2007, e debateu igualmente as eleições autárquicas em preparação.
No tocante às eleições autárquicas, “os conferencistas consideram ser necessário definir com clareza o perfil dos candidatos e seleccionar os mesmos, de modo a não abrir portas para duplas candidaturas de membros do partido”, tendo adoptado “uma resolução esclarecedora” nesse sentido.
Apesar de ser o partido mais votado nas últimas eleições legislativas, em que não obteve maioria absoluta, a FRETILIN não foi convidada a formar governo pelo Presidente da República, Ramos-Horta, que optou por designar como primeiro-ministro Xanana Gusmão, líder do CNRT, que criou com outros pequenos partidos a Aliança da Maioria Parlamentar (AMP).
A FRETILIN tem repetidamente questionado a legitimidade do governo presidido por Xanana Gusmão e reclamou vitória nas recentes eleições uninominais para os sucos (freguesias), em que foi vedada aos partidos políticos a apresentação de candidatos, alegando que a maioria dos eleitos são seus militantes. (MSO – Lusa)
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