sábado, 8 de agosto de 2009

Moçambique/Volume de investimentos cresce no sector turístico

O volume médio anual de investimentos aprovados entre 2005 e 2008 no sector do Turismo foi de 600 milhões de dólares norte-americanos, tendo em 2007 atingido o pico de 977 milhões de dólares. O objectivo, segundo Fernando Sumbana, titular do pelouro, é cobrir paulatinamente o país com novos e variados investimentos de qualidade e tamanho cada vez mais talhados pela responsabilidade social e marcados pela integração das comunidades na partilha da riqueza e promoção de um turismo sustentável.

8 agosto 2009, Notícias


Fernando Sumbana, que revelou esta informação num encontro com os parceiros de cooperação, disse que neste quinquénio as receitas do turismo internacional cresceram de 129 milhões em 2005 para 190 milhões de dólares norte-americanos em 2008, como reflexo da duplicação das entradas de visitantes estrangeiros, que passaram de 711 mil em 2004 para mais de 1,5 milhão de turistas em 2008.
Estes números, de acordo com Fernando Sumbana, atestam que o turismo em Moçambique está em franco crescimento, demonstrando que o sector representa uma opção importante para sustentar a economia nacional, através da distribuição da riqueza em toda a sua cadeia.
“Das actividades realizadas no sector ao longo do quinquénio destaca-se a edificação de uma forte plataforma legislativa e institucional que permitiu uma eficaz promoção e um eficiente desenvolvimento do turismo no país, nomeadamente a Política e Lei do Turismo, a Estratégia de Desenvolvimento dos Recursos Humanos, a Estratégia de Marketing e dos regulamentos relativos ao alojamento, restauração, bebidas e salas de dança às agências de viagem e de profissionais de informação turística...”, disse Fernando Sumbana.
Referiu-se igualmente ao sistema de classificação de estabelecimentos turísticos, ao transporte turístico, à animação turística, ao direito à habitação periódica, aos princípios de administração e gestão das áreas protegidas e ao modelo de contrato de concessão das coutadas oficiais até à criação de organismos como o Instituto Nacional do Turismo e da Agência de Desenvolvimento da Costa dos Elefantes.
No quadro da criação de um ambiente favorável para facilitar o investimento e garantir o ordenamento e desenvolvimento sustentável, o Governo aprovou os projectos-âncora para as províncias de Maputo, Inhambane, Zambézia e Nampula e o projecto-arco norte em Nampula, Niassa e Cabo Delgado. A finalidade é induzir uma mudança radical na actual abordagem monossectorial de atracção de investimentos para hotéis e pequenas pousadas individuais, através da reserva de áreas com alto potencial turístico.
Numa iniciativa destinada a suprir a carência de alojamento turístico nos distritos, o Governo aprovou o Projecto Capulana, uma marca nacional que consiste na construção de unidades de alojamento de padrão médio cuja gestão será confiada ao empresariado nacional. Neste âmbito, estão em construção unidades de alojamento em Alto-Molócuè, Mandimba, Moamba e Guijá, sendo que a meta é erguer pelo menos três estabelecimentos do género em cada uma das onze províncias do país.

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