17 dezembro 2014, Planalto, Presidência da República
http://www2.planalto.gov.br (Brasil)
Dilma Rousseff
cumprimentou os presidentes Raúl Castro, de Cuba, e Barack Obama, dos Estados
Unidos, pela retomada nas relações entre os dois países, um momento que,
exaltou a presidenta, marca uma mudança na civilização. A presidenta
cumprimentou também o papa Francisco,
a quem creditou participação fundamental para essa reaproximação. As
declarações foram feitas no discurso de encerramento da 47ª Cúpula do Mercosul.
“Em
um dia como o de hoje, em que, como disse a presidenta Cristina, nós, lutadores
sociais, imaginávamos que jamais veríamos este momento de retomada das relações
entre os Estados Unidos e Cuba. Eu queria cumprimentar o presidente Raul
Castro.
Queria
cumprimentar também o presidente Barack Obama. E, sobretudo, queria
cumprimentar o papa Francisco por ter sido, muito possivelmente, um dos fatores
mais importantes para essa aproximação. Acho que é um momento que marca uma
mudança na civilização mostrando que é possível restabelecer relações
interrompidas há muitos anos.”
Dilma
disse que este evento histórico deve servir de exemplo para o mundo. Destacou
que os métodos para resolução de conflitos adotados pela América do Sul são o
diálogo e o estabelecimento de relações, o que tem permitido que o continente
usufrua de paz há mais de um século, sem conflitos de ordem religiosa,
étnica ou de qualquer outra espécie.
“Nós,
de fato, vivemos num continente, num hemisfério especial. Nós, pelo menos da
América do Sul, estamos há mais de 120 anos vivendo em paz. Não há entre nós
nenhum conflito de ordem religiosa, étnica ou de qualquer outra espécie. Nós
não resolvemos nossos conflitos com métodos que não sejam o diálogo e o
estabelecimento de relações. Daí porque também conquistamos muito com o
Mercosul, a Unasul e a Celac.”
A
presidenta também exaltou o esforço dos países da região para manutenção da
democracia na Venezuela, destacando a contribuição fundamental do papa
Francisco.
“Lembro
perfeitamente de todas as ações que fizemos, no sentido de fazer vigorar a
democracia, seja no caso mais recente, que eu quero me referir, que é o caso da
Venezuela. Acho que nós todos tivemos, na Venezuela, uma experiência
extraordinária e, nessa ocasião também, acredito que o papa Francisco foi um
grande suporte para que a constitucionalidade na Venezuela fosse respeitada.”
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