19 dezembro 2014, Vermelho (Brasil)
Diplomada nesta quinta-feira (18) para o próximo mandato à frente do Executivo federal, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o processo eleitoral brasileiro tem sido uma “prova permanente” da solidez da democracia brasileira.
“É da própria natureza da disputa
eleitoral resultar em vitória e resultar em derrota. Mas como uma eleição
democrática não é uma guerra, ela não produz vencidos. O povo, na sua
sabedoria, escolhe quem ele quer que governe e quem ele quer que seja oposição.
Simples assim”, afirmou Dilma, em seu discurso.
“Cabe a quem foi escolhido para governar, governar bem. Cabe a quem foi escolhido para ser oposição, exercer da melhor forma possível o seu papel”, reforçou.
Compromissos
Durante a solenidade, a presidenta enfatizou a continuidade dos compromissos de seu governo com políticas sociais e com o crescimento sustentado.
“O que mais quero oferecer ao meu país é a luta renovada por justiça social, educação de qualidade, igualdade de oportunidades, estabilidade econômica e política, e
compromisso com a ética. Justiça social fundada na luta pela redução da
desigualdade, pela distribuição de renda, garantia do emprego, do salário e dos
direitos da pessoa humana e os direitos sociais”, destacou Dilma.“Cabe a quem foi escolhido para governar, governar bem. Cabe a quem foi escolhido para ser oposição, exercer da melhor forma possível o seu papel”, reforçou.
Compromissos
Durante a solenidade, a presidenta enfatizou a continuidade dos compromissos de seu governo com políticas sociais e com o crescimento sustentado.
“O que mais quero oferecer ao meu país é a luta renovada por justiça social, educação de qualidade, igualdade de oportunidades, estabilidade econômica e política, e
“Estabilidade fundada no crescimento sustentado, no controle da inflação, no crescimento que vai se acelerar mais rápido do que alguns imaginam. Governabilidade estruturada na maioria sólida no Congresso Nacional e na participação popular. Compromisso com a ética espelhado, em primeiro lugar, no exemplo de integridade e de honestidade pessoal; e, a partir deste patamar, concretizado na determinação de apurar e punir todo tipo de irregularidades e malfeitos”, afirmou a presidenta.
Diplomação
A cerimônia de diplomação é uma etapa indispensável para que os candidatos eleitos possam tomar posse nos cargos que disputaram nas urnas. Ela confirma que o político escolhido pelos eleitores cumpriu todas as formalidades previstas na legislação eleitoral e está apto a exercer o mandato. A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer foram diplomados para cumprir mandatos de 2015 a 2018.
Petrobras
Os casos de corrupção da Petrobras foram explicitamente citados pela presidenta em meio à linha de raciocínio de que “alguns funcionários” foram atingidos no processo, mas é preciso “continuar acreditando na mais brasileira das nossas empresas”. O argumento usado foi o de que é preciso “punir pessoas, não destruir empresas”. “Estamos enfrentando com destemor, e vamos transformar [o caso] em energia transformadora”, defendeu. Essa luta contra os malfeitos foi exemplificada por Dilma com expressões para “apurar com rigor tudo de errado”, “criar mecanismos que evitem fatos como esse” e “saber apurar, punir”.
“Não podemos fechar os olhos a uma verdade indiscutível. Chegou a hora de o Brasil dar um basta à corrupção”, declarou Dilma, para complementar que um “grande pacto nacional contra a corrupção”, envolvendo todas as esferas da sociedade, “vai desaguar na grande reforma política que o Brasil precisa”. No entanto, não é um conjunto de novas leis que vai resolver os problemas, na opinião da presidenta. Ela disse que a mudança envolve uma nova consciência de moralidade pública na atual e nas próximas gerações. “Quero ser a presidenta que ajudou a tornar esse processo irreversível”, acrescentou.
“Temos a felicidade de viver em um país onde a verdade não tem mais medo de aparecer”, afirmou. Punir os responsáveis, no entanto, não diminui a importância e a competência da empresa, de acordo com a presidenta reeleita. Para ela, é preciso continuar apostando na governança da Petrobras, no modelo de partilha e na política de conteúdo local. “A Petrobras e o Brasil são maiores que qualquer problema e crise", acrescentou. “Por isso, temos capacidade de superá-los e deles sair melhores e mais fortes.”
Mulher
“Ser a primeira mulher eleita e reeleita para ocupar o mais alto cargo da nação deixa minha alma plena de alegria, responsabilidade e destemor”, declarou Dilma Rousseff, para depois complementar que não deve ter medo de mudar a realidade, mesmo que seja difícil. “Nem tampouco medo de mudar a si próprio, mesmo que isso cause algum desconforto.”
Medidas do novo goveno
Após dizer que as portas a serem fechadas são as da corrupção, e não as do crescimento e do progresso, Dilma anunciou que reserva para o seu discurso de posse, daqui a duas semanas, o detalhamento de medidas que serão tomadas para estimular o crescimento, o desenvolvimento econômico e o progresso social. Ao terminar sua fala, convocou todos os brasileiros que a acompanhem “nessa caminhada de transformação e de mudança”.
Ocorrida no plenário do TSE, a cerimônia de diplomação contou com a presença de autoridades como os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski; do Senado Federal, Renan Calheiros; da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves; além do procurador-geral da República, Rodrigo Janot; do comandante da Força Aérea Brasileira, Juniti Saito, e dos ex-presidentes da República José Sarney e Luiz Inácio Lula da Silva. (Fonte: Blog do Planalto)
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