8 dezembro 2014, Jornal
de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)
João Dias
Angola está determinada a atingir a meta dos dois
milhões de barris de petróleo por dia entre 2015 e 2016, anunciou, em Luanda, o
administrador para área de exploração e produção da Sonangol.
Paulino Gerónimo fez o anúncio na cerimónia de
inauguração da unidade flutuante de armazenamento, produção e descarga de
petróleo (FPSO CLOV).
O administrador, que falava em representação do presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Francisco de Lemos, disse que a concessionária nacional estabeleceu dois milhões de barris por dia como meta a atingir entre 2015 e 2016 e manter
Com a queda recente do preço do barril de petróleo, declarou, grandes desafios se colocam à indústria, no sentido de optimizar os custos de desenvolvimento e de operações dos diferentes projectos. “Nós, Sonangol, estamos sempre disponíveis para com os diferentes playres encontrarmos as soluções mais eficazes”, acentuou. O director executivo da Total e presidente da Comissão Executiva, Patrick Pouyanné , garantiu que, apesar do contexto desfavorável e de volatilidade do preço do barril do petróleo no mercado internacional, aquele empresa não recuar no que diz respeito ao investimento.
“A conjuntura mundial da indústria está desfavorável e concomitantemente os preços registam baixas, mas vamos manter os projectos em Angola, que foram feitos numa perspectivas de médio e longo prazo”, assegurou.
O gestor disse que o custo das operações da companhia em Angola está calculado para mínimos de 30 dólares, o que permite dar continuidade aos investimentos e ao processo de angolanização em curso na indústria petrolífera. A companhia emprega dois mil angolanos e 50 por cento dos quadros de direcção são nacionais. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu no final de Novembro manter a produção em 30 milhões de barris por dia, acordado desde Dezembro de 2011 na 166ª conferência, realizada em Viena.
No encontro, realizado numa altura em que o preço do barril do petróleo registava uma queda significativa, os países-membros confirmaram a disponibilidade de controlar os acontecimentos que possam ter impacto adverso na manutenção de um mercado de petróleo que se pretende ordenado e equilibrado. O ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, participou na reunião que analisou o mercado, em especial as projecções de oferta e procura para o próximo ano, especialmente o primeiro semestre.
A OPEP prevê que a procura mundial de petróleo em 2015 deve crescer cerca de 1,1 milhões de barris por dia, com consumo total mundial calculado em cerca de 92,3 milhões de barris diários. A maioria deste crescimento líquido da procura é proveniente de países não membros da OCDE. A oferta de fora da OPEP tem previsão para subida em cerca de 1,4 milhões de barris por dia, para uma média de 57,3 milhões de barris por dia no próximo ano.
Os membros da organização avaliaram a evolução das negociações multilaterais sobre o ambiente e o diálogo sobre energia da organização com a União Europeia (UE) e a necessidade de estabelecer um trabalho contínuo de cooperação com várias outras organizações internacionais como G-20 e a Federação da Rússia.
A Conferência também considerou as previsões para o cenário económico mundial e notou que a recuperação da economia global continua, embora muito lentamente, e de forma desigual, com expectativas de crescimento de 3,2 por cento em 2014 e de 3,6 por cento em 2015.
A reunião verificou que embora a procura mundial de petróleo venha a aumentar durante 2015, isso vai ser outra vez compensada pelo aumento previsto de 1,36 milhões de barris por dia em oferta não OPEP.
Clove em produção
O CLOV (Cravo, Lírio, Orquídea e Violeta), que entrou em produção em Junho, absorveu um investimento de cerca de nove milhões de dólares, é o quarto do bloco 17 em offshore e atingiu uma produção máxima de 160 mil barris de petróleo por dia, o que lhe conferiu uma performance de quase 95 por cento.
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