5 dezembro 2014, Vermelho http://www.vermelho.org.br
(Brasil)
A
presidenta Dilma Rousseff em seu discurso na Cúpula Extraordinária da Unasul,
nesta sexta-feira (5), em Quito no Equador, destacou o peso da região como
interlocutor global, que tem como características principais o diálogo e a
cooperação. Dilma também destacou as conquistas eleitorais da região que
reafirmaram a agenda de combate às desigualdades e desenvolvimento com
distribuição de renda.
“A cúpula entre os países Brics e a Unasul, que
realizamos em Brasília, em julho último, mostra o crescente peso de nossa
região como interlocutor global, por meio do diálogo e da cooperação. Por isso,
tenho certeza que ao longo dos próximos anos vamos também diversificar e buscar
novas interlocuções”, salientou a presidenta em seu pronunciamento. A
Unasul é formada por Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Brasil,
Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Guiana e Suriname.
Dilma destacou as recentes vitórias nas eleições na Colômbia, Chile, Uruguai e do Brasil em que foi reafirmada nas urnas a agenda do desenvolvimento com inclusão e geração de emprego.
“Nessas eleições saiu vitoriosa a agenda de
inclusão social, do desenvolvimento com distribuição de renda e, portanto, do
combate à desigualdade e garantia oportunidade que caracteriza a nossa região
nos últimos anos. No Brasil, logramos pela quarta vez consecutiva renovar o
apoio da sociedade a um projeto de inclusão social que combate a pobreza e
busca dar competitividade a nossa economia”, declarou. Dilma destacou as recentes vitórias nas eleições na Colômbia, Chile, Uruguai e do Brasil em que foi reafirmada nas urnas a agenda do desenvolvimento com inclusão e geração de emprego.
Ela ressaltou que o fortalecimento desse protagonismo se dará pela valorização da agenda intrarregional e pela intensificação dos processos de integração e cooperação. “Esse processo de consolidação de nossa agenda externa será fortalecido com o aprofundamento de nossa agenda intrarregional. Precisamos concentrar-nos na ampliação da infraestrutura regional. Vamos dar total apoio às propostas de acelerar a execução da agenda de projetos prioritários do Cosiplan, bem como de buscar convergências dos processos de integração. Concordo com a proposta de escolher projetos prioritários e, sobretudo, de realizá-los para que isso mostre nossa capacidade, nosso compromisso. E também sirva de referência das nossas melhores práticas”, disse ela.
Sobre a inauguração da nova sede da secretaria-geral da Unasul, que ganhou o nome do ex-presidente argentino Néstor Kirchner (falecido em 2010 e que foi o primeiro-secretário-geral da Unasul), Dilma declarou que sua instalação na Mitad del Mundo, por onde passa a linha do Equador, é simbólica demonstração do compromisso em aprofundar a união do continente. “Magnífica sede que honra a Unasul e é um símbolo da importância da nossa integração e cooperação”, enfatizou.
A nova sede tem 20 mil metros quadrados de construção. Com o local, o governo equatoriano considera que Quito será a “capital da integração sul-americana”.
Recursos naturais em benefícios do povo
A presidenta resgatou o amplo debate promovido durante as eleições brasileira sobre o modelos de utilização dos recursos naturais, se referindo ao pré-sal. “Não podemos considerar esse recursos apenas como grande vantagem comparativa regional. É preciso transformar esse recursos em ferramentas efetivas de diversificação produtiva e desenvolvimento social, sob pena de ficarmos presos a um ciclo vicioso da mera exploração de matérias-primas”, asseverou Dilma.
Ele salientou que a crise internacional enfrentada desde 2008, coloca como desafio a tarefa do desenvolvimento. “Temos diante de nós um compromisso histórico a cumprir. Tarefa cuja a realização será crucial para o nosso futuro. O Brasil se dispõe a avançar no combate a desigualdade, assegurando crescimento com inclusão social”, reafirmou.
“Tudo isso tem um canal que deságua na cooperação e integração regional em todas as áreas. Consideramos que é fundamental buscamos formas de integração econômica e de infraestrutura logística e energética. Nós, países da Unasul provamos que somos capazes de enfrentar muitos dos desafios”, finalizou Dilma, que retorna ao Brasil ainda nesta sexta-feira (5). (Com informações de agências)
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