2 dezembro 2014, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz (Moçambique)
Moçambique é um dos
três países que se destacam pelo seu crescimento em África, continente que vai
tornar-se cada vez mais importante em termos económicos nos próximos anos, de
acordo com a empresa de consultoria Deloitte.
O PIB de África,
afirma um relatório agora divulgado sobre as perspectivas económicas para o
continente, deverá expandir-se 50% até 2019, para 3,7 biliões de dólares,
impulsionado pelo
crescimento da classe média e por um aumento do consumo privado.
“Um crescimento anual
de cerca de 8% deverá adicionar 1,1 biliões de dólares ao PIB africano até
2019, com Etiópia, Uganda e Moçambique entre os mercados com mais rápida
expansão”, refere o documento.
Um relatório recente
do Standard Bank Group aponta para um forte alargamento da classe média
africana nos próximos anos – 40 milhões de lares até 2030, em 11 economias da
região, mas de forma mais pronunciada na Nigéria.
A confirmar-se, será
uma alteração naquele que tem sido o paradigma de crescimento económico
africano nas últimas décadas, mais baseado na extracção de matérias-primas como
o petróleo, diamantes, gás natural e, mais recentemente, na construção de
infra-estruturas, como barragens, caminhos-de-ferro e auto-estradas.
Como no recente caso
dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, financiados pela China em Angola, este tipo
de infra-estruturas está a permitir retirar do isolamento vastas regiões do
continente, ligando zonas de produção a mercados de escoamento e criando
riqueza e postos de trabalho.
A Deloitte afirma que
as empresas precisam de “estratégias de longo prazo” para África, um continente
onde o mundo dos negócios ainda apresenta barreiras a nível legal e
burocrático, a par de oportunidades crescentes nos bens transaccionáveis, desde
os telemóveis aos produtos de luxo.
“Onde há desafios,
também há oportunidades para inovar. Dado o potencial de crescimento que o
continente oferece, as oportunidades de negócio em África podem superar os
riscos”, adianta a consultora.
O mercado dos telemóveis
é um dos que apresenta maior potencial de crescimento, devendo a penetração
total crescer 97% até 2017, mais 25 pontos percentuais do que o registado
actualmente.
Este aumento, refere a
Deloitte, representa mais 334 milhões de subscritores de telefones móveis.
O sector dos serviços
em Moçambique regista actualmente um forte aumento, beneficiando da vaga de
crescimento que o país está a receber, sobretudo em infra-estruturas de
produção e exportação de matérias-primas energéticas como o carvão e o gás
natural.
A Economist
Intelligence Unit prevê que o crescimento económico de Moçambique acelere para
7,3% em 2014 e 7,8% em 2015, impulsionado pela indústria de carvão e
investimento em infra-estruturas, mas também pelo “forte crescimento” das
telecomunicações, indústria e serviços financeiros. (RM/Macauhub)
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