segunda-feira, 1 de abril de 2013

Ministra angolana sugere deslocação de empresas industriais da Europa para Angola


28 março 2013, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China)

A ministra angolana da Indústria sugeriu terça-feira em Lisboa que  as empresas industriais europeias que disponham de tecnologia moderna devem deslocar-se para Angola, antecipando a possibilidade de entrarem em insolvência devido à crise económica e financeira que se verifica no continente.
No decurso de uma conferência sobre Oportunidades de Negócios e Parcerias Luso Espanholas com Angola, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, a ministra Bernarda Henriques da Silva anunciou que o governo angolano está a preparar um programa de deslocação de empresas da Europa para Angola, coordenado pelo Ministério da Economia.
“Se pensarmos que na Europa existem unidades industriais tecnologicamente actualizadas, mas, no contexto económico actual, sem mercado para os seus produtos, a deslocação para Angola, em função da possibilidade de entrarem em insolvência, pode ser uma boa solução”, disse Bernarda da Silva, de acordo com a agência noticiosa angolana Angop.
Segundo a ministra, os angolanos não querem equipamentos tecnologicamente obsoletos, como aconteceu nalguns casos no passado recente, com o argumento de que é um país subdesenvolvido, onde a prioridade é criar empregos, o pessoal é pouco qualificado e, por isso, tem que utilizar tecnologia desactualizada, compatível com os constrangimentos do país.
“O empresário que pensar assim não tem futuro em Angola, pois desconhece a realidade angolana, tem falta de visão e muito menos será um empresário industrial, porque a indústria em qualquer parte do mundo é, sempre, um investimento a longo prazo, que necessita de investimentos constantes de modernização para se manter competitiva”, reforçou.
Sobre as oportunidades de negócio em Angola, a ministra reafirmou o crescimento económico do país, depois de ter atravessado uma fase difícil de reconstrução nacional, com sucesso assinalável, reconhecido pela comunidade internacional.
“Em 2002, no final da guerra, praticamente todas as infra-estruturas e instalações de Angola estavam destruídas, a começar pela rede viária, energia, água, telecomunicações, escolas, hospitais, fábricas e habitações”, adiantou Bernarda da Silva.
Destacou a relevância das parcerias na concretização das oportunidades de negócio no sector da indústria transformadora, realçando ser importante uma classe empresarial nacional profissional, podendo as parcerias com investidores estrangeiros ser um instrumento privilegiado. (macauhub)

Nenhum comentário: