terça-feira, 26 de julho de 2011

Angola/Luanda aguarda apenas por Bissau para libertar fundos para reforma das Forças Armadas

Bissau, 25 julho 2011 (Lusa) -- O governo de Angola aguarda apenas pelas autoridades da Guiné-Bissau para libertar os fundos prometidos para o programa de reforma das Forças Armadas guineenses, declarou hoje em Bissau, o chefe das Forças Armadas angolanas, Geraldo Nunda.

Em declarações à imprensa no quartel do Estado-Maior das Forças Armadas guineense, Geraldo Nunda, que se encontra de visita de trabalho a Guiné-Bissau, afirmou que todas as condições para o início da reforma do setor militar guineense estão já criadas.

"Os trabalhos preparativos dessa reforma, incluindo a identificação do exército guineense em número, já estão feitos. Até já se fizeram as imagens da cada militar, ora identificar cerca de quatro mil homens não é tarefa fácil", disse o general Nunda, que hoje iniciou uma visita de trabalho de uma semana a Guiné-Bissau.

O responsável militar angolano disse que o seu governo apenas aguarda que as autoridades guineenses façam chegar a Luanda uma estimativa dos custos financeiros para mandar libertar fundos "disponíveis desde dezembro passado", de forma a dar inicio às obras de reabilitação dos quartéis na Guiné-Bissau.

"Tão logo esses valores cheguem a Angola os fundos serão libertados. Se, por exemplo, na próxima semana chegarem a Luanda os projetos com os custos, os fundos serão libertados, mesmo que em parte, na semana a seguir", explicou o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas.

Pelas informações que disse ter recebido das autoridades guineenses, Nunda acredita que os procedimentos burocráticos estão a ser finalizados e proximamente serão lançados os concursos para apurar as empresas que vão executar as obras de recuperação dos quartéis.

Uma fonte do Estado-Maior guineense disse à Agência Lusa que "há uma certa preocupação com a morosidade" na execução dos projetos da reforma e que "os angolanos deviam acelerar as coisas".

Solicitado pela Lusa a comentar o estado da cooperação com Angola no âmbito da reforma do setor militar, o Chefe das Forças Armadas guineenses, o general António Indjai disse que só poderá falar à imprensa no final da visita do seu homólogo angolano.

Angola tem estacionado na Guiné-Bissau um contingente de cerca de 200 homens, entre militares e polícias, com o qual está a apoiar a reforma do setor de Defesa e Segurança daquele país. O contingente é designado Missang (Missão de Cooperação Técnica de Segurança Angolana na Guiné-Bissau).

A Missang vai ajudar a modernizar as Forças Armadas da Guiné-Bissau, dando formação e treino aos novos mancebos a serem incorporados.


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