Luanda, 22 julho 2011 (AngolaPress) – A situação política e promoção de uma saída pacífica para a crise política na Guiné-Bissau dominou o primeiro ano da presidência de Angola da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), declarou hoje, sexta-feira o ministro angolano das Relações Exteriores.
Georges Chicoti apresentava o relatório da presidência do Conselho de Ministros da CPLP, que decorre numa das unidades hoteleiras de Luanda.
Adianta que Angola, no âmbito bilateral e agindo em nome da CPLP, passou à execução do plano de apoio à reforma do sector da defesa e segurança da Guiné-Bissau com o desdobramento da missão de apoio técnico militar (MISANG), estabelecida em Bissau no mês de Março do corrente ano.
A nível diplomático, Angola se desdobrou em iniciativas procurando desenvolver, em nome da CPLP, uma parceria efectiva com a Comunidade Económica de Desenvolvimento da África Ocidental (CEDEAO) para a solução da crise política naquele país membro, desembocar num, designado “roteiro CPLP/CEDEAO para a reforma do sector de defesa e segurança na Guiné-Bissau”.
Falou da participação em encontros tais como as do grupo de contacto internacional para a Guiné-Bissau, durante o qual Angola assumiu com a Nigéria a co-presidência, bem como em reuniões do conselho de segurança da ONU e da União Europeia com vista a saída da crise guineense.
Adiantou que no quadro da concertação político diplomática prosseguiu a cooperação com organizações internacionais e o apoio a candidaturas de estados membros ou de nacionais seus para posições de influência, com destaque para a eleição de Portugal para membro do Conselho permanente do Conselho de Segurança da ONU e do brasileiro José Graziano da Silva para director geral da agência da ONU para agricultura e alimentação (FAO).
Referiu terem sido elaborados projectos no quadro do processo de adesão da Guiné Equatorial à membro de pleno direito da CPLP, bem como enviou missão de observação eleitoral às eleições presidenciais que decorrem em São Tomé, faltando disputar a segunda volta.
Durante este ano da presidência angolana foram registados pedidos formais das repúblicas da Ucrânia e Suazilândia para membros observadores associados da CPLP,
Reporta ainda o prosseguimento de esforços para utilização da língua portuguesa nas sessões de trabalho das Nações Unidas e outras organizações internacionais, bem como está em curso a preparação de um colóquio em Angola sobre a língua portuguesa nas organizações internacionais, visando a promoção de uma reflexão profunda para uma maior promoção do idioma a nível mundial.
Informou que foi decidida a criação de uma direcção para a acção cultural e a língua portuguesa, tendo em concurso público sido eleito para responsável deste gabinete o angolano Luís Kanjimbu.
Deu conta da criação do prémio José Aparecido de Oliveira, em homenagem ao antigo diplomata brasileiro, esperando que o orçamento para o próximo ano inclua já o valor para premiar os vencedores.
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