8 julho 2011/Rádio Moçambique/AIM
O embaixador chinês, Huang Songfu, entregou hoje formalmente ao governo moçambicano o Centro de Investigação e Transferência de Tecnologias Agrárias Moçambique-China, localizado em Umbelúzi, distrito de Boane, província meridional de Maputo.
O centro foi recebido pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue, em representação do governo moçambicano, tendo ambos assinado o documento que formalizou o acto.
Trata-se de um empreendimento orçado em mais de seis milhões de dólares (cerca de 40 milhões de yuans) financiados pelo Governo chinês no âmbito da cooperação existente entre os dois países no domínio da ciência e tecnologia.
Ocupando uma área de 52 hectares, o centro inclui escritórios para administração, salas para a formação, laboratórios e residências para os investigadores, técnicos, formandos, entre outras infra-estruturas, bem como campos de para a realização de testes e produção agrícola, sistema de irrigação e espaço para a produção animal.
Na ocasião, o ministro da Ciência e Tecnologia disse que o centro constitui um instrumento importante para o sector da agricultura, uma vez que o mesmo vai dedicar-se à investigação científica, formação, produção e transferência de tecnologia, para o incremento mais efectivo da produção e produtividade.
Segundo Massingue, quando surgiu a ideia de se construir o centro, o objectivo era apoiar o processo de revolução verde, um compromisso assumido pelo governo para reduzir a importação de produtos agrícolas e melhorar o aproveitamento da terra e das condições agro-ecológicas existentes no país.
Por seu turno, o embaixador chinês disse que o centro é parte integrante de um dos 14 projectos apoiados pela China em Africa, e é o primeiro a ser concluído.
Referiu que a agricultura é uma área de cooperação importante entre China e Moçambique e que aquele país está disposto a apoiar o governo, através da transferência de alta tecnologia.
“Actualmente, sem tecnologia a agricultura rende menos. Com a nossa alta tecnologia o rendimento pode melhorar e aproveito a oportunidade para confirmar que este acto não é apenas a entrega de um projecto, mas sim de esperança de melhoria da produção agrícola em Moçambique” defendeu.
O centro, apesar de estar localizado em Boane, estará ao serviço dos camponeses de todo o país, para além de ter as portas abertas para as instituições de ensino superior.
A chefe da estacão de tratamento do Umbelúzi, Paciência Banze disse esperar receber variedades de culturas chinesas que possam ser adaptadas em Moçambique.
Aliás, no campos de testes estão em curso alguns ensaios de variedades moçambicanas e chinesas, para além de estar a ser testado um sistema de irrigação.
Segundo Banze, a formação dos camponeses será virada, fundamentalmente, para o maneio de culturas e transferência de tecnologias para melhorarem a sua produtividade.
“Os camponeses serão formados no maneio, uma vez que as variedades que os camponeses possuem tem um bom potencial para terem bom rendimento. Se as variedades tiverem um bom maneio a produtividade poderá aumentar” referiu.
O centro tem capacidade para receber 40 formandos, que permanecerão no local por um período de três a seis meses. (RM/AIM)
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