segunda-feira, 25 de julho de 2011

Macau pode ser "projecto-piloto" de entrada de exportações de Moçambique no mercado chinês – Echo Chan

25 julho 2011/Rádio Moçambique

Macau pode servir de "projecto-piloto" de entrada das exportações de Moçambique no mercado da China, facilitando parcerias empresariais entre as três partes, considerou hoje (segunda-feira) em Maputo o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

A função de Macau como plataforma do fluxo comercial entre Moçambique e China foi enfatizada pela vogal executiva do IPIM, Echo Chan, durante o "Seminário sobre a cooperação económica, comercial e de serviços" entre a província chinesa de Guangdog, a Região Administrativa Especial de Macau e Moçambique, realizado hoje na capital moçambicana.

Segundo Echo Chan, a posição geográfica de Macau e os laços históricos que a região mantém com os países lusófonos conferem-no um papel -chave na promoção dos vínculos comerciais e económicos com a China.

"Macau poderá servir de projecto-piloto para os produtos e serviços de Moçambique entrarem no mercado do interior da China. As empresas da província poderão igualmente estabelecer relações com as empresas dos países de língua portuguesa, através da plataforma de Macau ou por intermédio das convenções e exposições de natureza económica e comercial", frisou a vogal executiva do IPIM.

Por seu turno, o director do Departamento de Cooperação Económica e do Comércio Externo do Governo da Província de Guagdong, Chen Xuequin, afirmou que os empresários moçambicanos podem tirar proveito da maior abertura que a economia chinesa está a promover, para firmarem parcerias e exportar a sua produção para o mercado asiático.

"Moçambique e outros parceiros económicos da China podem utilizar as vantagens do princípio um país, dois sistemas, tirando benefícios das oportunidades de negócios com as empresas chinesas", disse Chen Xuequin.

Em declarações à Lusa, o presidente do Instituto de Promoção de Exportações de Moçambique (IPEX), João Macaringue, disse que Moçambique tem interesse em atrair os investidores chineses para se instalarem no país, por forma a que se reverta a balança comercial entre os dois países, neste momento favorável ao país asiático.

"Queremos que produzam em Moçambique o que exportam da China para Moçambique, porque essa abordagem vai colocar equidade nas relações comerciais e económicas entre os dois países", sublinhou João Mararingue.

O seminário sobre a cooperação económica, comercial e de serviços entre a província chinesa de Guangdong, Macau e Moçambique teve a participação de 20 empresários macaenses e homens de negócios moçambicanos, num evento que incluiu ainda bolsas de contactos entre as partes.

A construção civil, indústrias têxtil e farmacêutica e comércio geral são as áreas de maior interesse da missão empresarial de Macau que hoje esteve em Moçambique, encerrando uma deslocação à África, que inclui Angola e África do Sul.


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