segunda-feira, 25 de julho de 2011

CUBANOS COMEMORAM TERÇA-FEIRA DIA DO ASSALTO AO QUARTEL DE MONCADA


Luanda, 25 julho 2011 (AngolaPress) - A 26 de Julho de 1953, o jovem advogado Fidel de Castro e mais 165 homens planificaram o assalto ao quartel general de Moncada, em Santiago de Cuba, e ao quartel de Cespedes.

O objectivo do assalto era tomar as bases dos quartéis, armar a população e derrocar a tirania de Fulgêncio Baptista.

Na tentativa, a maioria dos homens é morta, Fidel de Castro é capturado, julgado e condenado a 15 anos de prisão.

Por ser advogado, pronuncia a sua auto-defesa diante do tribunal, que passara a ser conhecida como "A História me Absolverá".

Sai em liberdade, amnistiado em 1955, e exila-se no México. Volta a Cuba, desta vez com Ernesto Che Guevara , Camilo Cienfuegos e Raul Castro, num total de 83 homens a bordo do Iate Granma e inicia a guerrilha contra o regime desde a Sierra Maestra, a 2 de Dezembro de 1956.

O grupo se organiza em forma celular, clandestina, através de toda Cuba, e encabeçou, juntamente com o PSP (Partido Socialista Popular) e o Directório Revolucionário 13 de Março, a luta contra a tirania de Fulgêncio Baptista.

Em 1961, os três grupos, conjuntamente, formaram as ORI (Organizações Revolucionárias Integradas), base do Partido Comunista Cubano (1965). O grupo foi criado depois da libertação de Fidel Castro, que foi preso por causa da tentativa de tomada de poder de Cuba pela primeira vez e acabou fracassado.

Quando Fidel foi libertado da prisão criou-se o Movimento 26 de Julho (M-26-J; M-26-7), um movimento revolucionário cubano.

O primeiro movimento de independência de Cuba, a chamada Grande Guerra, registou-se entre 1868 e 1878, conduzido por Carlos Manuel Céspedes, que defendia os princípios liberais do Iluminismo.

Em 10 de Outubro de 1868, a partir de seu engenho de açúcar, à frente de duzentos homens, Céspedes levantou-se contra o governo espanhol, proclamando a independência de Cuba.

Entre as primeiras providências de seu governo, proclamou a liberdade de todos os escravos que se unissem ao exército revolucionário.

Essa medida teve como resultado imediato o aumento do seu efectivo para doze mil homens, e a oposição dos demais latifundiários, que se viram privados, por esse meio, de sua mão-de-obra.

Enquanto isso, a Espanha ampliava o seu contingente militar na ilha, e Céspedes era deposto em 1873. A resistência, entretanto, prolongou-se até 1878, quando as tropas espanholas retomaram o controlo da ilha.

Nesse meio tempo, surgiu um novo líder revolucionário: José Martí. Detido aos 16 anos de idade por ter fundado um jornal revolucionário (o La Patria Libre), foi condenado a trabalhos forçados e depois deportado para a Espanha. Livre, viveu no México, na Venezuela e nos Estados Unidos, onde passou a articular uma nova revolução para a independência de Cuba.

Em 1892 fundou o Partido Revolucionário Cubano, em busca de recursos para o seu projecto. Desse modo, em 1895 desembarcou em Cuba, dando início a uma nova guerra de independência, na qual pereceu, um mês após o início do conflito.

Entretanto, mesmo após a sua morte, os combates prosseguiram até 1898, quando, com a entrada dos Estados Unidos no conflito, a luta pela independência foi abortada e Cuba passou a ser colónia dos EUA.

Inicia-se assim o acto heróico da Revolução Cubana, que a 1 de Janeiro de 1959 triunfa contra Baptista.

Cuba era povoada por índios, que chamavam sua ilha Bohío, quando foi visitada por Cristóvão Colombo na sua primeira viagem, em 24 de Outubro de 1492. Colombo deu àquele território o nome de La Juana, em homenagem à filha dos Reis Católicos. Apenas em 1509 Sebastião de Ocampo provou que Cuba era uma ilha, quando começou a sua colonização.

A cidade de Havana foi fundada por Diego Velázquez de Cuéllar, primeiro governador da colónia, em 1514.

Cuba enfrenta hoje um embargo económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, que se iniciou em 7 de Fevereiro de 1962.

A população de Cuba é de 11.382.820 habitantes (2006), o que corresponde a uma densidade populacional de 102,35 hab./km2.

As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 11,89%o e 7,22%o. A esperança média de vida é de 77,41 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,806. Estima-se que, em 2025, a população seja de 11.831.000 habitantes.

As religiões com maior expressão são a católica, com 40%, e a protestante, com 5%; os ateus representam 55% da população. A língua oficial é o castelhano.

A capital é Havana. As outras cidades importantes são: Cienfuegos (360.000 habitantes), Santiago de Cuba (356.000 habitantes), Camagüey (327.046 habitantes), Holguín (331.580 habitantes), Guantánamo (174.000 habitantes) e Matanzas (146.078 habitantes). Raúl Castro é o presidente de Cuba. O governo é dividido em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.


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