6 julho 2011/Rádio Moçambique
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), projecta trazer a Moçambique a partir de agosto a sua experiência na área da agroecologia virada para o desenvolvimento da agricultura familiar do país.
Trata-se de uma ferramenta de sustentabilidade num mundo cada vez mais preocupado com as suas questões ambientais, sobre o qual foram capacitados cerca de 20 mil agricultores em todo o Brasil.
A iniciativa está inserida no programa ProSavanas, conduzido pela Embrapa em Moçambique, com o envolvimento do Japão.
A partir de capacitações, diagnósticos participativos e outras tecnologias, a ideia é introduzir em Moçambique a experiência dos pólos irradiadores, que estão em funcionamento dentro do projecto de pesquisa “Manejo sustentável da agrobiodiversidade com enfoque agroecológico, visando à sustentabilidade de agricultores familiares”, conduzido pela Embrapa.
Entre as atividades previstas, técnicos moçambicanos visitarão o Brasil em outubro para conhecer esses espaços em cinco cidades goianas e em Planaltina.
“O pólo de irradiação é um local onde ocorrem as actividades da pesquisa participativa, formação e capacitação de agricultores e técnicos”, explica o pesquisador Altair Toledo, que lidera o projecto. Nessa área coletiva o produtor entra em contato com estratégias de melhoramento participativo e do sistema de cultivo agroecológico para depois repeti-las na sua propriedade. No espaço são plantadas diversas variedades de feijão, milho, mandioca e adubo verde, além de espécies locais.
Para iniciar a troca de experiências nesse assunto, técnicos moçambicanos vão participar da Feira e Festa de Sementes, Mudas e Raças Crioulas em Defesa da Biodiversidade, que ocorrem entre esta quinta-feira e 10 de julho em Catalão. Entre os participantes estão tão também cinco mil produtores e técnicos de vários estados brasileiros e delegações da África do Sul e de países da América latina.
O objetivo do evento é estimular e fortalecer o trabalho com as sementes crioulas e com a agroecologia junto às famílias camponesas em todo o Brasil e colaborar com os outros países participantes por meio do intercâmbio de experiências.
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