Durban, África do Sul, 5 dezembro 2008 - Os portos da África do Sul estão a perder quota de mercado para o de Maputo, que apresenta custos mais baixos e menor burocracia, afirmou quarta-feira em Durban o director executivo da Sturrock Shipping, Andrew Sturrock.
Sturrock disse que o volume de mercadorias que passa por Maputo, na sua maior parte provenientes ou em direcção à África do Sul, tem vindo a crescer de forma substancial, nomeadamente carga em contentores, carvão, sucata metálica para exportação e derivados do açúcar provenientes da Suazilândia.
Andrew Sturrock adiantou que o porto de Maputo funciona melhor dado ter sido parcialmente privatizado e acrescentou "todos sabem que quando um negócio é gerido por privados a burocracia diminui e as decisões são melhores e tomadas mais rapidamente".
O porto de Maputo é gerido por um consórcio constituído pelos grupos Grindrod e Dubai Ports World, com 51 por cento, estando os restantes 49 por cento nas mãos do governo de Moçambique.
Mas outros responsáveis empresariais sul-africanos não partilham das opiniões de Sturrock.
Dave Rennie, director executivo da Grindrod Freight Services, disse ser sua opinião que Maputo é apenas um porto complementar aos portos sul-africanos e parte de uma rede que serve a regiao.
"Eu não o descreveria como um concorrente directo dos portos sul-africanos", disse Rennie, para acrescentar que Maputo está muito bem situado para servir o interior e está ligado por estrada e por caminho-de-ferro com a África do Sul, Zimbabwe e Suazilândia. (macauhub)
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