Mais de 40 mil professores para o Ensino Primário foram contratados nos últimos anos pelo Governo, segundo informação prestada pelo Ministro da Educação e Cultura, Aires Ali. Segundo ele, o exercício de contratação de professores vem consolidar a posição segundo a qual a escola assume-se como um verdadeiro centro de desenvolvimento do capital humano.
8 dezembro 2008/Notícias
Para o ano, disse a fonte, as projecções indicam que pouco mais de 12 mil professores serão contratados, com destaque para os que possuem formação psico-pedagógica. A contratação deste grupo de formadores visa eliminar os que vêm dando aulas sem qualquer formação.
Por outro lado, o sector criou maior capacidade de qualificação dos formadores, construindo mais institutos de formação e assegurando que pelo menos em cada província haja um ou dois estabelecimentos deste género. Hoje, conforme explicou, o país conta com 22 instituições de formação de professores, contra as 17 que existiam em 2004.
"Esta decisão fez aumentar no país a capacidade de formação, o que concorreu para que em 2008 já não recrutássemos professores sem formação. Para assegurar uma formação adequada para o exercício da função docente, o Governo promoveu reformas no subsistema de formação, introduziu cursos novos, assentes no princípio do alargamento da base de formação geral e uma componente pedagogico-didáctica e metodológica, onde as práticas pedagógicas assumem o papel principal. Da 7ª classe, que era o nível de entrada, passou-se para a 10ª, e um ano de formação intensiva, eminentemente pedagogico-didáctica com as condições adequadas para uma formação de qualidade", apontou.
Aliado a isso, Aires Ali disse que a concretização de uma educação de qualidade para todos os moçambicanos constitui um dos maiores compromissos político-sociais na perspectiva da promoção e valorização do capital humano, bem como dos índices de desenvolvimento humano susceptíveis de provocar sinergias para um desenvolvimento económico-social equilibrado e harmonioso, para o triunfo da luta contra a pobreza absoluta.
Uma outra linha de acções no domínio da promoção da qualidade é a provisão de formação em exercício e contínua dos professores dentro do sistema, para qualificação dos docentes que, por força da expansão da rede escolar e da pressão social ao nível da procura, o Governo vinha recrutando, em suplência, para assegurar o funcionamento das escolas.
"Estes professores estão a beneficiar de cursos de formação, via ensino à distância, e a utilizar os serviços que para tal foram criados, incluindo os centros de recursos, as sedes das Zip's, devidamente equipados com os materiais necessários (reprografia, livros de apoio, motorizadas, bicicletas, entre outros). Esses centros são os espaços a que os professores recorrem para promoverem a sua auto-superação, com o apoio dos supervisores que no terreno existem para fomentar este trabalho", explicou Aires Ali.
Neste momento o pelouro assegura o desenvolvimento profissional contínuo, através de cursos de curta duração, seminários, avaliações periódicas, jornadas científicas, dos 82 000 professores que fazem a Educação neste país e promovem a qualidade de ensino.
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