Maputo, Moçambique, 18 dezembro 2008 - O Produto Interno Bruto deverá registar um crescimento de 6,8 por cento, apesar de o ano ter sido marcado pela alta de preços do petróleo e de alimentos e, recentemente, pela crise financeira mundial, afirmou o governador do Banco de Moçambique.
De acordo com o jornal Notícias, de Maputo, Ernesto Gove disse que o facto de a expansão económica estar a ser sustentada por áreas como construção, serviços de intermediação financeira, transportes e comunicações e indústria de extracção mineira merece destaque devido ao seu efeito multiplicador sobre o emprego e crescimento económico.
O governador, que falava em Maputo por ocasião do encerramento do ano económico de 2008, referiu que até Setembro deste ano as exportações de bens atingiram 1953 milhões de dólares, contra 2497 milhões de importações e que nos primeiros nove meses a factura da importação de combustíveis líquidos situou-se em 582 milhões de dólares, contra aproximadamente 570 milhões em todo o ano passado.
Enquanto isso, a inflação acumulada até Novembro situou-se em 5,7 porcento, tendo a inflação homóloga desacelerado de 10,75 porcento em Setembro para 8,62 em Novembro, níveis que conjugados com a tendência mais recente de queda de preços dos combustíveis e dos cereais leva o banco central a ser optimista quanto ao comportamento da inflacção neste ano.
Mesmo com este ambiente optimista, o Governador do banco central advertiu que a crise financeira internacional vai ter reflexos directos e indirectos na economia moçambicana, que se caracteriza de pequena no contexto da economia mundial, mas com um elevado grau de abertura.
No capítulo dos desafios e perspectivas, Ernesto Gover garantiu que em 2009 a política monetária continuará a ser desenhada de conformidade com os objectivos da política macroeconómica definidos pelo Governo, que prevêm um crescimento económico de 6,2 por cento, uma inflação anual de 7 por cento e uma posição de reservas internacionais líquidas que garanta 4,6 meses de importações. (macauhub)
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