terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cabo Verde quer 75% do povo com saneamento até 2015

Cidade da Praia, 16 dezembro 2008 (Lusa) - O governo de Cabo Verde pretende até 2015 dotar 75% da população com acesso a saneamento básico, uma cifra que está agora em 34%.

A promessa foi feita pela ministra cabo-verdiana da Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território, Sara Lopes, no encerramento dos eventos do Ano Internacional do Saneamento, promovidos pela Associação para a Defesa e Desenvolvimento (ADAD).

Durante este ano, a ADAD divulgou a Convenção sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (Convenção de Estocolmo) e, em parceria com o governo local, promoveu a construção de infra-estruturas ligadas à água e saneamento.

Atualmente, Januário Nascimento, presidente da associação, assinou com diversas escolas protocolos para a construção de “hortos escolares” e plantação de árvores, para “proporcionar um meio-ambiente melhor” a Cabo Verde.

Água potável
Lopes afirmou também que a plantação de árvores e acesso a água potável tem sido uma das preocupações de todos os governos de Cabo Verde, acrescentando que atualmente 85% da população tem acesso a água potável, sendo objetivo do governo que em 2015 “todos os cabo-verdianos tenham acesso a água de uma fonte segura”.

No próximo ano, disse a ministra cabo-verdiana, outra das prioridades é habitação, já que “uma elevada porcentagem de cabo-verdianos ainda não vive em casas condignas”, e, já em janeiro, o executivo pretende apresentar um Plano Nacional de Ação.

Segundo a ministra, o governo investiu, desde 2001, 80 milhões de contos (R$ 2,3 bilhões) em infra-estruturas de saneamento básico, acesso a água e tratamento de resíduos sólidos e líquidos, necessitando do dobro dessa verba para “mudar a habitação em Cabo Verde”.

“A infra-estruturação do país é urgente. Precisamos de qualificar um país que pretende ser prestador de serviços e para isso necessitamos de cidades aprazíveis e meio-ambiente cuidado”, disse, acrescentando que Cabo Verde conta com os parceiros para o desenvolvimento, mas que também necessita de “mecanismos mais céleres e adequados” para encontrar financiamentos.

Este ano foi proclamado pela ONU como Ano Internacional do Saneamento.

No mundo, cerca de 2,6 bilhões de pessoas, dos quais 980 milhões são crianças, vivem sem saneamento e acesso a água potável, lembrou Sara Lopes.

Por ano, disse também, morrem 1,5 milhões de crianças por falta de acesso a esses serviços.

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