15 maio 2015, Redecastorphoto
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13/5/2015, The Saker, The Vineyard of
the Saker
“Yet another huge diplomatic victory for Russia”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
“Yet another huge diplomatic victory for Russia”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
A menos que você leia russo ou monitore a blogosfera independente,
é possível que você não tenha percebido, mas aconteceu evento realmente
importante na Rússia: Kerry, Nuland e uma grande delegação do Departamento de
Estado viajaram a Sochi onde o Ministro de Relações Exteriores os recebeu e,
depois, foram recebidos também pelo presidente Putin. Com o presidente Putin, o
pessoal aí passou mais de quatro horas. E não só isso, mas Kerry fez alguns
comentários interessantes; disse que o Acordo Minsk-2 (M2A) é a única saída e
que vai advertir seriamente Poroshenko, de que não é prudente reiniciar
operações militares.
Dizer que é evento extraordinário é
pouco.
Para começar, o chamado “isolamento da Rússia” está oficialmente cancelado, bem claramente, e pelo próprio “Império Indispensável”!
Segundo, é, tanto quanto sei, o primeiro endosso oficial dos EUA ao M2A. É grande humilhação para os EUA, considerando que o Acordo Minsk-2 foi negociado sem os norte-americanos.
Terceiro, pela primeira vez os EUA
realmente alertaram a junta
nazi-ucraniana contra a ideia de um ataque militar. Isso – num momento em que
os nazi-ucranianos estão em pleno frenesi bélico e Poroshenko prometeu
reconquistas não só o aeroporto de Donetsk, mas todo o Donbass e até a Crimeia
– mostra que, pela primeira vez os EUA e Kiev não estão na mesma página.Para começar, o chamado “isolamento da Rússia” está oficialmente cancelado, bem claramente, e pelo próprio “Império Indispensável”!
Segundo, é, tanto quanto sei, o primeiro endosso oficial dos EUA ao M2A. É grande humilhação para os EUA, considerando que o Acordo Minsk-2 foi negociado sem os norte-americanos.
Terceiro, pela primeira vez os EUA
Quarto, os EUA, pela primeira vez, reconheceram que se o Acordo Minsk-2 for implantado, as sanções norte-americanas e da UE serão levantadas. Muito interessante: os russos não deram nenhum sinal de interesse em discutir o item “sanções”.
Assim sendo, o que significa tudo isso?
No momento, pouca coisa.
Os norte-americanos são péssimos negociadores, e na discussão de cada item de qualquer negociação EUA-Rússia sobre o conflito na Ucrânia, os negociadores russos sempre deixam “no chinelo” os seus “parceiros geoestratégicos” norte-americanos (“parceiros geoestratégicos” é a expressão quase oficial, irônica, que os russos usam ao referir-se ao “ocidente”). O que acontece, tipicamente, é que Kerry aceita tudo, durante a negociação; depois volta para Washington e diz exatamente o contrário do que tenha ficado “acertado”. Os russos sabem disso, e a imprensa russa, nas suas análises, sempre considera esse traço dos norte-americanos.
De qualquer modo, os EUA podem zig e depois zag o quanto queiram e quantas vezes queiram, mas nem por isso conseguem modificar a realidade. A recente presença de soldados chineses e indianos na Praça Vermelha mostrou que a ideia de “Rússia isolada” já não faz sentido algum, e pensem Kerry & Co. o que queiram, aceitem ou não.
Houve também o comportamento
interessantíssimo da Nuland, que foi à Rússia, sim, na delegação de Kerry: ela
se recusou a falar à imprensa e andava com ar muito infeliz.
Por fim, rápido exame dos troncos falantes imperiais televisionais mostra que o Departamento da Propaganda Imperial está sem saber o que fazer dessa viagem e desses fatos.
Mas... E o que realmente está acontecendo?
Sinceramente, ainda é muito cedo para falar, e é muito alta a probabilidade de os EUA “zaguearem” outra vez como fazem sempre.
Mas, tudo isso considerado, é *possível* que os EUA tenham (afinal!) percebido alguns fatos básicos:
Por fim, rápido exame dos troncos falantes imperiais televisionais mostra que o Departamento da Propaganda Imperial está sem saber o que fazer dessa viagem e desses fatos.
Mas... E o que realmente está acontecendo?
Sinceramente, ainda é muito cedo para falar, e é muito alta a probabilidade de os EUA “zaguearem” outra vez como fazem sempre.
Mas, tudo isso considerado, é *possível* que os EUA tenham (afinal!) percebido alguns fatos básicos:
1) A Rússia não retrocederá
2) A Rússia está pronta para a guerra
3) A Ucrânia ocupada pelos nazistas está desabando
4) A maior parte do mundo apoia a Rússia
5) Toda a política dos EUA para a Rússia fracassou.
2) A Rússia está pronta para a guerra
3) A Ucrânia ocupada pelos nazistas está desabando
4) A maior parte do mundo apoia a Rússia
5) Toda a política dos EUA para a Rússia fracassou.
Todos os itens acima são muito claros para qualquer observador medianamente competente, mas para um governo intoxicado de húbris imperial, de ignorância crassa e em estado de negação obsessiva, essas realidades são MUITO dolorosas, quase impossíveis de engolir. Mas se insistirem em negá-las, criam para eles próprios o risco de, no frigir dos ovos, os EUA levarem uma bomba nuclear pela popa. Como diz o povo, quanto mais alguém enfia a cabeça na areia, mais eleva ao vento o traseiro.
Assim, é possível que o que acaba de acontecer seja o primeiro sinal de que os EUA estariam recobrando a consciência. E Kerry veio explorar com Lavrov e Putin se resta alguma saída que salve a cara da potência indispensável. Se for isso, as notícias para Poroshenko são terminais, porque tudo isso significa que os EUA jogaram a toalha e estão descartando completamente os doidos que puseram no poder em Kiev.
Além do mais, pode haver aí, também, um
sinal de que os analistas militares norte-americanos fizeram avaliação
extremamente negativa da mudança de rota inventada pelos Ucranazis, sobre a
planejada “reconquista” do Donbass. A viagem à Rússia e o endosso oficial que
Kerry deu ao Acordo Minsk-2 pode ser a mensagem que os EUA estão enviando a
Poroshenko:
Esqueça
a “reconquista”! Não deu certo e não dará!
De qualquer modo, recomendo cautela e
nenhum otimismo prematuro. Considero como praticamente uma “quase-certeza” que
os EUA desmentirão tudo o que disseram em Moscou. Minha esperança é que o
zig-zagueio, dessa vez, tenha de ser de magnitude bem limitada; e que, quando
acontecer, tenha mais a ver com oferecer a Obama uma saída que lhe salve a
cara, do que com alguma negação doentia da realidade.
O que é certo é que a Rússia venceu mais uma batalha nessa guerra longa, e que todos os indícios apontam para a derrota inevitável do Império.
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