19 maio 2015, http://www2.planalto.gov.br (Brasil)
Palácio do Planalto - DF, 19 de maio de 2015
Li Keqiang,
primeiro-ministro da República Popular da China;
Senhoras e senhores
ministros de Estado, membros do Conselho de Estado e integrantes das delegações
da China e do Brasil;
Senhores governadores:
Flávio Dino, do Maranhão; José Melo, do Amazonas; Reinaldo Azambuja, do Mato
Grosso do Sul;
Senhoras e senhores
jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas.
Senhoras e Senhores,
Com satisfação, recebo
hoje o primeiro-ministro da República Popular da China, Li Keqiang, em sua
primeira visita ao Brasil e à América Latina como chefe de Governo, acompanhado
de expressiva delegação governamental e empresarial.
Este encontro reafirma
a característica estratégica e a intensidade de nossas relações. Dá seguimento
aos contatos de alto nível que nossos governos tornaram frequentes nos últimos
anos, dentre os quais gostaria de destacar a visita de Estado do presidente Xi
Jinping ao Brasil, em julho de 2014.
Construímos, por meio
dos princípios da igualdade e da confiança mútua, as bases para uma Parceria
Estratégica Global entre a China e o Brasil.
Em 2016, viajarei, uma
vez mais, à República Popular da China,
a convite do Presidente Xi Jinping.
Tivemos, nesta manhã,
uma reunião muito produtiva, marcada pelo diálogo franco e pela disposição de
avançar, fortalecer e efetivar cada vez mais a nossa parceria.
O Plano de Ação
Conjunta 2015-2021, que assinei com o primeiro-ministro, inaugura uma etapa
superior em nosso relacionamento. Está expressa nos vários acordos, nos
múltiplos acordos governamentais e empresariais firmados hoje, em especial nas
áreas de investimentos e comércio.
Teremos a oportunidade
de dialogar com o empresariado dos dois países sobre o importante papel que
exercem nesse processo de aproximação.
O Brasil atribui grande
importância à assinatura deste Acordo sobre Investimentos e Capacidade
Produtiva, que hoje foi assinado entre o Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma que reúne
iniciativas em curso e abre novas oportunidades nas áreas de energia elétrica,
mineração, infraestrutura e manufaturas, totaliza mais de US$ 53 bilhões.
A infraestrutura será
beneficiada com um projeto de grande alcance para o Brasil, para a integração
sul-americana via o Peru e para o comércio com a China.
Nossos três países,
Brasil, Peru e China – e agora eu gostaria de dirigir também minhas saudações
ao presidente Ollanta Humala --, iniciam, juntos, estudos de viabilidade para
essa conexão ferroviária bioceânica.
Trata-se da Ferrovia
Transcontinental que vai cruzar o nosso país no sentido Leste-Oeste, cortando o
continente sul-americano, ligando o oceano Atlântico ao Pacífico. Convidamos as
empresas chinesas a participarem dessa grande obra, que sairá de Campinorte, no
Tocantins, lá na Ferrovia Norte-Sul; passará por Lucas do Rio Verde, no Mato
Grosso; atingirá o Acre e atravessará os Andes até chegar ao porto no Peru.
Um novo caminho para a
Ásia se abrirá para o Brasil, reduzindo distâncias e custos. Um caminho que nos
levará diretamente, pelo oceano Pacífico, até os portos do Peru e da China.
O primeiro-ministro e
eu reafirmamos a importância, também, de nossas relações financeiras. O Acordo
entre a Caixa Econômica e o Banco Industrial e Comercial da China, o ICBC,
criará um fundo de US$50 bilhões, fortalecendo as opções para financiamento de
projetos de infraestrutura no Brasil.
No setor de energia,
estamos ampliando a parceria já consolidada em petróleo, gás e
hidroeletricidade. Como vocês viram, lançamos, hoje, a pedra fundamental de uma
linha de transmissão em ultra alta tensão em corrente contínua de 800 mil
volts, a ser construída pelo consórcio State Grid, chinês; Furnas e
Eletronorte, brasileiras. Este consórcio levará energia da usina de Belo Monte,
no Pará, até Minas Gerais. percorrendo 2.086 quilômetros.
Estabelecemos também
iniciativas de cooperação em energia renovável e nuclear, que permitirão o
intercâmbio de experiências visando o desenvolvimento tecnológico e industrial
conjunto.
Celebro, igualmente, os
Acordos de cooperação entre o Banco de Desenvolvimento da China, o Banco de
Indústria e Comércio da China, o China Eximbank e a Petrobras. O crédito
oferecido, de US$ 10 bilhões, além de refletir a confiança que nossa empresa de
petróleo possui, em muito contribuirá para o fortalecimento das atividades do
pré-sal, onde já contamos com expressiva presença das empresas chinesas.
Tem particular
importância a proposta chinesa de criação de um Fundo bilateral de Cooperação
Produtiva, da ordem de US$ 20 bilhões, recursos do governo da China, voltado
prioritariamente para investimentos nas áreas de siderurgia, cimento, vidro,
material de construção, equipamentos e manufaturas. A parte brasileira irá
também participar deste Fundo com recursos.
Senhoras e senhores,
O comércio bilateral,
outro aspecto central de nosso relacionamento, totalizou quase US$ 80 bilhões
em 2014. A China é, hoje, o primeiro parceiro comercial do Brasil e com vistas
a intensificar nosso intercâmbio, aprovamos várias medidas importantes.
Hoje estão sendo
assinadas novas parcerias de comércio e investimentos produtivos. Ressalto os seguintes
setores: financeiro, automotivo, telecomunicações, energia, siderurgia,
indústria de alimentos, mineração, gás e petróleo.
A assinatura do
Protocolo Sanitário, por exemplo, criará um marco jurídico necessário para a
retomada das exportações de carne bovina para a China, de forma sustentável,
que será implementada imediatamente com a habilitação, feita pela China, dos
primeiros oito estabelecimentos exportadores brasileiros.
Sem dúvida, nosso
pujante setor agropecuário tem condições de contribuir muito mais para a
segurança alimentar dos chineses. Reiterei ao primeiro-ministro nosso interesse
em tornar efetivo e ágil o processo de habilitação de novos estabelecimentos
brasileiros produtores de carne bovina, suína e de aves.
O comércio de minérios
também será beneficiado pela parceria da Vale do Rio Doce com empresas e
instituições financeiras chinesas. A aquisição de navios e o contrato de frete
fortalecerão a logística de transporte marítimo e tornarão o produto brasileiro
ainda mais competitivo.
Além disso, estamos
diversificando o leque das exportações brasileiras para a China, ampliando a
participação de produtos de maior valor agregado.
A entrega do primeiro
lote de 22 aeronaves, dentre as 60 vendidas pela Embraer para a Tianjin
Airlines e a ICBC Leasing, é um importante marco nessa direção.
Todo esse vasto
intercâmbio será ainda mais impulsionado pelas decisões que hoje nós tomamos.
Vamos utilizar o
mecanismo de pagamento em moedas locais, no montante de R$ 60 bilhões previstos
para a parte brasileira e CNY$ 190 bilhões, previstos pela parte chinesa. Esta
medida contribui para mitigar as oscilações monetárias no comércio
internacional.
Saudei, igualmente, a
decisão chinesa de reduzir as taxas de resseguros e aumentar os prazos das
operações de seguro que favorecem os investimentos e o comércio entre o Brasil
e a China.
Nossa parceria avança
também no campo da educação, da tecnologia e da inovação. Com o lançamento, em
dezembro último, do satélite CBERS-4, a China e o Brasil consolidaram uma
iniciativa emblemática no mundo em desenvolvimento, que contribui na
fiscalização e desmatamento da Amazônia. Além disso, os serviços de imagens
territoriais geradas pelo satélite contribui muito para os países
africanos.
Na reunião de hoje,
decidimos também desenvolver conjuntamente um satélite de sensoriamento remoto.
Aproveito para agradecer a parceria no programa Ciência Sem Fronteira, que hoje
acolhe centenas de estudantes e pesquisadores. Agradeço, portanto, ao governo
chinês; agradeço também às empresas chinesas, como a Huawei, que estão
participando desse esforço e aprimoram suas parcerias com a Capes.
Senhoras e senhores,
A China e o Brasil têm
desempenhado um papel de destaque na construção de uma nova ordem global.
Essa parceria é
particularmente importante em 2015, quando as Nações Unidas celebram 70 anos.
Reiterei que ela nos permitirá aprofundar a nossa perspectiva em favor da
reforma do Conselho de Segurança da ONU.
O primeiro-ministro Li
e eu compartilhamos a expectativa de que a próxima Cúpula dos BRICS, em Ufa, na
Rússia, acelerará a implantação do novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS e do
Acordo Contingente de Reservas, que aprovamos no ano passado, na presença do
presidente Xi Jinping, em Fortaleza.
Renovamos, ainda, nosso
compromisso de atuar no G20 em defesa da reforma das instituições financeiras
multilaterais. O FMI e o Banco Mundial não refletem ainda em sua governança o
peso dos países emergentes.
O Brasil, ao tornar-se
membro fundador do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, passa a
ter também novas oportunidades de ampliar a participação de nossas empresas nos
mercados chinês e asiático.
A nossa declaração
bilateral sobre a mudança do clima reflete nosso compromisso com a redução de
emissões de gases de efeito estufa e a determinação de atuar em coordenação no
âmbito do BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China), visando o êxito da 21ª
Conferência das Partes, a COP21, em dezembro, em Paris.
Primeiro-ministro Li,
Como diz um provérbio
chinês, “se o vento soprar em uma única direção, a árvore crescerá
inclinada”. Temos de aperfeiçoar nossas relações econômicas, buscando sempre
maior harmonia, respeito e benefícios mútuos.
Tenho certeza que hoje
estamos trilhando este caminho. É para este objetivo que devem convergir os
três compromissos estratégicos que hoje renovamos: a ampliação de
investimentos, comércio cada vez mais intenso, aberto e diversificado; e o
aprofundamento de parcerias em educação, ciência, tecnologia e inovação.
Quero, por fim,
reiterar a grande honra que tive em recebê-lo. Quero reiterar o compromisso do
governo brasileiro de participar de projetos em infraestrutura, de complementar
a nossa cadeia industrial produtiva entre Brasil e China. Espero, senhor
primeiro-ministro, que sua visita ao Brasil seja seguida de muitas outras
oportunidades para que o povo e o governo brasileiros reiterem a estima e o
apreço que têm pelo povo e pelo governo da República Popular da China.
Muito obrigada.
Ouça a íntegra da declaração (16min02s) da Presidenta Dilma
---------- Sobre esta visita
BRICS, БРИКС/Visita de primeiro-ministro incrementa relações
Brasil-China
19 maio 2015, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, chegou a
Brasília às 18 horas desta segunda-feira (19), horário de Brasília, iniciando
sua visita oficial, primeira escala de um giro por quatro países
latino-americanos. O voo que partiu de Pequim fez uma escala na Irlanda e
chegou a Brasília após uma viagem de 22 horas. Nos próximos três anos, os dois
grandes países do Brics vão apertar novamente as mãos para enfocar cooperações
nas áreas de produção e fabricação de equipamentos.
Durante a visita de Li Keqiang ao Brasil, os dois
países podem assinar acordos no valor de cerca de US$ 53 bilhões, que envolvem
uma série de projetos de investimentos nas áreas de energia, mineração,
construção de infraestruturas e manufaturas. A visita também pode impulsionar
os intercâmbios comerciais no setor de alimentos entre os dois países.
De acordo com o jornal China Business News, dezenas de empresas chinesas, que envolvem as áreas de finanças, energia, construção de infraestruturas, Internet e manufatura de equipamentos, podem participar das atividades industriais e comerciais realizadas durante a visita.
Na última década, os investimentos chineses no Brasil registaram um aumento considerável, e o gigante asiático se tornou o maior parceiro comercial do Brasil em 2009. O comércio sino-brasileiro saltou dos US$ 6,5 bilhões em 2003 para os US$ 83,3 bilhões em 2012. De ponto de vista geográfico mais alargado, entre 2000 e 2012, o comércio entre a China e a América Latina cresceu 2250%, de US$ 10 bilhões até US$ 255,5 bilhões.
Antes da visita do premiê chinês, o subsecretário de Política do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador José Alfredo Graça Lima, afirmou que a “segunda rodada de clímax” dos investimentos da China ao Brasil está chegando. A primeira rodada focalizou as matérias primas e commodities, mas atualmente o foco será a indústria e construção de infraestruturas.
Lima afirmou na sexta-feira passada (15) que Li Keqiang vai assinar uma série de acordos com a presidenta Dilma, que envolvem os setores de política e comércio e cerca de 30 projetos de investimento. O destaque será a proposta de construção da Ferrovia Transoceânica que liga o porto brasileiro de Santos, no Atlântico, e o porto peruano de Ilo, com uma distância total de 5.000 km.
Segundo Lima, o plano será concluído em três a quatro anos. Apesar de preocupações de algumas organizações de proteção ambiental, o projeto está “em avanço”. Além disso, como o terceiro maior produtor de aeronaves comerciais do mundo, a brasileira Embraer vai entregar 22 jatos regionais à China, o que faz uma parte da encomenda chinesa de 60 aviões.
“A China satisfez a demanda ansiosa de fundos da América Latina e Caribe, sobretudo o Brasil”, disse Charles Tang, presidente da Câmara Brasil-China, com a sede em São Paulo.
O embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, publicou na segunda-feira (18) um artigo no Diário do Povo, dizendo que as relações sino-brasileiras estão mantendo um desenvolvimento rápido e entrando em uma fase mais madura e estável.
Li afirmou que no novo século, a China e o Brasil, os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental, se esforçaram para alcançar a prosperidade e o rejuvenescimento nacional. Os dois países continuam explorando os caminhos de desenvolvimento adequados, tornando-se na segunda e sétima maiores economias do mundo, respectivamente. A China e o Brasil aprenderam mutuamente nos intercâmbios e realizaram cooperações de benefício mútuo, levando as relações sino-brasileiros a se tornarem um exemplo de igualdade e progresso conjunto dos países emergentes, o que favorece a ambos os países e seus povos, disse o embaixador.
No ano passado, os dois países celebraram o 40º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas. Atualmente, as relações sino-brasileiras estão mantendo o desenvolvimento rápido e entrando em uma fase mais madura e estável. Com o reforço e melhoria da cooperação sino-brasileira, os dois países aprofundaram a integração dos interesses bilaterais, desempenhando um papel cada dia mais importante na própria estratégia de desenvolvimento.
Com as dificuldades na recuperação da economia global, as principais economias mostram diferentes desempenhos. A China entrou na nova normalidade econômica e precisa aprofundar a reforma e a abertura, com a promoção da diversificação da força-motriz do crescimento. Por lado, o Brasil também enfrenta a tarefa para reajustar as estratégias de desenvolvimento econômico, diante do término da prosperidade das commodities globais.
No quadro do Fórum China-Celac, a China e o Brasil devem fortalecer os intercâmbios e desempenhar o papel do Brasil, que é o de maior economia latino-americana, a fim de promover, paralelamente, a cooperação entre a China e o Brasil e entre a China e a América Latina. O Brasil já se tornou o primeiro fundador latino-americano do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII). A China está disposta a reforçar a coordenação com o Brasil nesta instituição multilateral, para ajudar o Brasil a participar da construção de infraestrutura e de projetos de interligação da Ásia, além de impulsionar em conjunto o aperfeiçoamento da ordem financeira internacional.
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De acordo com o jornal China Business News, dezenas de empresas chinesas, que envolvem as áreas de finanças, energia, construção de infraestruturas, Internet e manufatura de equipamentos, podem participar das atividades industriais e comerciais realizadas durante a visita.
Na última década, os investimentos chineses no Brasil registaram um aumento considerável, e o gigante asiático se tornou o maior parceiro comercial do Brasil em 2009. O comércio sino-brasileiro saltou dos US$ 6,5 bilhões em 2003 para os US$ 83,3 bilhões em 2012. De ponto de vista geográfico mais alargado, entre 2000 e 2012, o comércio entre a China e a América Latina cresceu 2250%, de US$ 10 bilhões até US$ 255,5 bilhões.
Antes da visita do premiê chinês, o subsecretário de Política do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador José Alfredo Graça Lima, afirmou que a “segunda rodada de clímax” dos investimentos da China ao Brasil está chegando. A primeira rodada focalizou as matérias primas e commodities, mas atualmente o foco será a indústria e construção de infraestruturas.
Lima afirmou na sexta-feira passada (15) que Li Keqiang vai assinar uma série de acordos com a presidenta Dilma, que envolvem os setores de política e comércio e cerca de 30 projetos de investimento. O destaque será a proposta de construção da Ferrovia Transoceânica que liga o porto brasileiro de Santos, no Atlântico, e o porto peruano de Ilo, com uma distância total de 5.000 km.
Segundo Lima, o plano será concluído em três a quatro anos. Apesar de preocupações de algumas organizações de proteção ambiental, o projeto está “em avanço”. Além disso, como o terceiro maior produtor de aeronaves comerciais do mundo, a brasileira Embraer vai entregar 22 jatos regionais à China, o que faz uma parte da encomenda chinesa de 60 aviões.
“A China satisfez a demanda ansiosa de fundos da América Latina e Caribe, sobretudo o Brasil”, disse Charles Tang, presidente da Câmara Brasil-China, com a sede em São Paulo.
O embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, publicou na segunda-feira (18) um artigo no Diário do Povo, dizendo que as relações sino-brasileiras estão mantendo um desenvolvimento rápido e entrando em uma fase mais madura e estável.
Li afirmou que no novo século, a China e o Brasil, os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental, se esforçaram para alcançar a prosperidade e o rejuvenescimento nacional. Os dois países continuam explorando os caminhos de desenvolvimento adequados, tornando-se na segunda e sétima maiores economias do mundo, respectivamente. A China e o Brasil aprenderam mutuamente nos intercâmbios e realizaram cooperações de benefício mútuo, levando as relações sino-brasileiros a se tornarem um exemplo de igualdade e progresso conjunto dos países emergentes, o que favorece a ambos os países e seus povos, disse o embaixador.
No ano passado, os dois países celebraram o 40º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas. Atualmente, as relações sino-brasileiras estão mantendo o desenvolvimento rápido e entrando em uma fase mais madura e estável. Com o reforço e melhoria da cooperação sino-brasileira, os dois países aprofundaram a integração dos interesses bilaterais, desempenhando um papel cada dia mais importante na própria estratégia de desenvolvimento.
Com as dificuldades na recuperação da economia global, as principais economias mostram diferentes desempenhos. A China entrou na nova normalidade econômica e precisa aprofundar a reforma e a abertura, com a promoção da diversificação da força-motriz do crescimento. Por lado, o Brasil também enfrenta a tarefa para reajustar as estratégias de desenvolvimento econômico, diante do término da prosperidade das commodities globais.
No quadro do Fórum China-Celac, a China e o Brasil devem fortalecer os intercâmbios e desempenhar o papel do Brasil, que é o de maior economia latino-americana, a fim de promover, paralelamente, a cooperação entre a China e o Brasil e entre a China e a América Latina. O Brasil já se tornou o primeiro fundador latino-americano do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII). A China está disposta a reforçar a coordenação com o Brasil nesta instituição multilateral, para ajudar o Brasil a participar da construção de infraestrutura e de projetos de interligação da Ásia, além de impulsionar em conjunto o aperfeiçoamento da ordem financeira internacional.
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