30 maio 2014, Macauhub http://www.macauhub.com.mo
(China)
O governo de Moçambique avançará na constituição de um
Fundo Soberano apenas quando conseguir equilibrar as despesas e receitas do
Orçamento de Estado, afirmou quinta-feira em Maputo o ministro das Finanças,
Manuel Chang.
À margem da conferência África em Ascensão, promovida
pelo Fundo Monetário Internacional em parceria com o governo de Moçambique,
Chang disse à agência noticiosa AFP que “não iremos fazer o que outros
fizeram”, adiantando que o país precisa dos fundos que
consegue angariar para
aplicar, por exemplo, na construção de infra-estruturas.
Dizendo que a constituição do Fundo Soberano está a
ser analisada, o ministro adiantou que o país deve evitar “abrir muitas contas
bancárias onde coloca milhões mas continuar a não ter estradas e outras
infra-estruturas de que precisa para se desenvolver.”
Um dos países mais pobres do mundo, Moçambique tem
vindo a beneficiar dos negócios realizados com as concessões para prospecção de
recursos minerais, casos do carvão e do petróleo e gás natural, tendo colectado
mais de mil milhões de dólares em impostos sobre mais-valias.
O destino final das receitas futuras da exploração
desses recursos minerais, caso dos depósitos de dimensão mundial existentes na
bacia do Rovuma, por parte dos grupos americano Anadarko Petroleum e italiano
ENI, tem igualmente estado a ser ponderado.
Aqueles dois grupos poderão avançar isoladamente ou em
conjunto na construção de unidades para liquidificação do gás natural, processo
que exigirá investimentos estimados em 18 mil milhões de dólares e que deverá
ter início em 2018. (macauhub/MZ)
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