22
maio 2014, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
Um grupo de 38 jovens moçambicanos participa de forma
voluntária na realização dos testes da segunda fase de pesquisa da vacina
contra o HIV.
Este projecto arrancou em Setembro de 2012 e é
dirigido pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), com ajuda de parceiros
nacionais e internacionais, sendo que os estudos apresentados até agora são
indicativos de que a candidata à vacina contra o HIV é segura e tem capacidade
de estimular o sistema de defesa do organismo.
A primeira fase de ensaios teve como objectivo avaliar
a
segurança de uma preventiva contra o HIV e incluiu a participação de 24
jovens voluntários.
Um comunicado do Instituto Nacional de Saúde, recebido
na nossa Redacção, a propósito do 18 de Maio, Dia da Consciencialização da
Vacina Contra o HIV, dá conta que durante os próximos anos, aquela instituição
subordinada ao Ministério da Saúde, continuará a realizar investigação
científica para a descoberta de uma vacina contra o HIVque seja segura, eficaz
e de efeito duradoiro.
Esta é uma acção que contará com o suporte dos
parceiros de cooperação do Governo moçambicano.
“Neste dia de Consciencialização da Vacina contra HIV,
o Instituto Nacional de Saúde agradece aos voluntários que participam em
ensaios clínicos de candidatas à vacinas de HIV, aos investigadores que
diariamente buscam uma vacina contra o virus causador da SIDA e aos parceiros
nacionais e internacionais pelas suas valiosas e incansáveis contribuições para
esta causa”, refere a nota que tivemos vindo a citar.
Moçambique iniciou a sua participação nesta luta para
a descoberta da vacina contra o HIV/SIDA em 2011, através da realização de um
primeiro ensaio clínico liderado pelo Instituto Nacional da Saúde.
O dia 18 de Maio é o Dia da Consciencialização da
Vacina Contra o HIV. A efeméride visa reflectir sobre a implementação de
estratégias de prevenção contra esta doença e que tem ajudado a reduzir o
número de novas infecções globalmente.
Contudo, a descoberta de novas intervenções de
tratamento e prevenção, incluindo uma vacina contra HIV segura, eficaz e
duradoira são necessários para alcançar o fim da pandemia, segundo refere no
seu documento o Instituto Nacional de Saúde.
“O processo de desenvolvimento de uma vacina contra o
HIVtem sido longo e difícil. Isto deve-se principalmente à diversidade da
população do vírus e a à sua elevada capacidade de estabelecer uma infecção
crónica”, lê-se na nota que temos vindo a citar.
Até ao momento, mais de 150 ensaios de vacinas contra
o HIV/SIDA já foram realizados a nível global. A busca de vacinas preventivas e
profiláticas contra a doença requer um esforço global. Portanto, há uma
necessidade destas serem testadas não somente nos países desenvolvidos, mas
também naqueles com maior incidência da infecção pelo HIV, particularmente na
região subsaariana de África.
Em 1999, iniciou o primeiro ensaio clínico de uma
vacina contra HIV/SIDA no Uganda, um país da África Oriental. Desde então,
alguns outros países africanos têm também se envolvido na busca da vacina.
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