10 abril
2013, AngolaPress http://www.portalangop.co.ao
(Angola)
Hamburgo
- O Ministro angolano dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, disse terça-feira
(09) em Hamburgo (Alemanha) que as reservas provadas e prováveis de petróleo no
país estão estimadas em 12 biliões e 667 milhões de barris, em função das
descobertas recentemente realizadas, tanto em águas rasas, como em águas
profundas e ultra-profundas.
Ao falar
na sessão reservada a Angola, no 7º Fórum de Energia Germano-Africano, iniciado
segunda-feira e encerrado terça-feira, Botelho de Vasconcelos sublinhou que
acresce uma nova extensão exploratória, o "Pré-Sal", com um sistema
petrolífero activo, nomeadamente duas descobertas, uma no Bloco 23, denominada
Azul e outra com o nome de Cameia, no Bloco 21.
O ministro
enfatizou que as prioridades para o período de 2013/2017 se prendem em manter
um equilíbrio entre as reservas e a produção, mediante a licitação de blocos e
a aplicação de novas tecnologias de exploração e produção, e concluir os
projectos de desenvolvimento inerentes em curso, nomeadamente os satélites do
Kizomba no Bloco 15 entre outros.
Promover o investimento na pesquisa e produção de gás natural e desenvolvimento da indústria de gás natural, dar início à produção de LNG, terminar a actual fase de teste da fábrica, incrementar a formação de angolanos com vista a sua integração no quadro de trabalho do sector e encorajar e incrementar o conteúdo nacional, em segmentos do sector petrolífero, mediante parcerias de empresas nacionais e estrangeiras.
Este
programa, referiu o ministro, oferece um amplo leque aberto ao investimento
privado estrangeiro e a uma cooperação frutuosa e mutuamente vantajosa, tanto
económica como no domínio da formação e da investigação.
"Poderíamos,
para o efeito, estabelecer uma plataforma bilateral de intercâmbio para as
nossas relações económicas, de que os hidrocarbonetos - incluindo o gás fariam
parte. A ela juntaríamos diversos aspectos da formação, investigação e os
biocombustíveis", disse.
Na sua
intervenção, perante uma plateia de mais de 150 pessoas, com destaque para
empresários, políticos, académicos, representantes de empresas prestadoras de
serviços e jornalistas, Botelho de Vasconcelos recordou que ao ascender a
independência, em 11 de Novembro de 1975, Angola produzia cerca de cento e
setenta e cinco mil barris de petróleo/dia.
Esta
produção provinha da Bacia do Kwanza, em terra, entre outros do campo Benfica,
onde a primeira descoberta de petróleo ocorreu em 1955, e de águas rasas,
da Bacia do Baixo Congo.
A
exploração em águas rasas situou-se no offshore (mar) de Cabinda, Bacia do
Baixo Congo, onde foi descoberto o campo Limba em 1966, que entrou em produção
em 1968. A exploração em águas profundas teve início em 1993, também na Bacia
do Baixo Congo onde, em 1996, houve a primeira grande descoberta comercial, com
o campo Girassol. Mas a produção começou em 1999 pelo campo Kuito, no Bloco 14.
Nesse
mesmo ano de 1999, teve início a exploração em águas ultra profundas da Bacia
do Baixo Congo e, em 2002, ocorreu a primeira descoberta comercial de petróleo.
A produção de petróleo em Angola vem de 8 Blocos marítimos e concessões
terrestres, e é actualmente superior a um milhão e setecentos mil barris por
dia, "mas prevemos produzir dois milhões de barris/dia, em
2014".
O 7º
Fórum Internacional de Energia Germano-Africano abordou questões relacionadas
as energias renováveis, o petróleo e gás natural, as novas tecnologias no
sector energético, a electricidade, transmissão e distribuição, a formação de
quadros, projectos no Upstream (exploração, desenvolvimento, produção e
transporte) e no Downstream (distribuição e comercialização), fornecimento de
energia nas zonas rurais e as oportunidades empresariais e de investimento,
entre outros.
Durante a
sessão reservada a Angola, o director Nacional dos Petróleos e Biocombustíveis,
Amadeu Azevedo, fez uma dissertação sobre o Upstream do sector, pesquisa,
produção e os processos de contratação. Fez também uma retrospectiva da
actividade petrolífera no pais que datam de 1910.
Além do ministro dos Petróleos, participaram no 7º fórum sobre Energia Germano-Africano, o ministro da Energia e Águas, Joao Baptista Borges, o Embaixador de Angola na Republica da Alemanha, Alberto Neto, e altos responsaveis do Ministério dos Petroleos e da Sonangol.
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