quinta-feira, 4 de abril de 2013

Moçambique/Plano director vai definir estrutura orçamental do ProSAVANA

3 abril 2013, Portal do governo http://www.portaldogoverno.gov.mz (Moçambique)  

Tóquio (AIM) – O Plano Director de Desenvolvimento do Corredor de Nacala, que será concluído ainda este ano, vai definir o orçamento global do ProSAVANA, um programa triangular de desenvolvimento agrário naquela região do Norte de Moçambique e que também envolve o Brasil e o Japão.

Este facto vem contido no memorando de entendimento hoje rubricado em Tóquio, capital do Japão, no último dia da visita de trabalho do Ministro moçambicano da Agricultura, José Pacheco, a esta potência económica da Ásia. 

“É com base nesta definição que saberemos qual será a contribuição do Japão. Neste momento, o que se está a disponibilizar é para a conclusão do plano director e lançar os serviços de extensão. Logo que tivermos o plano, saberemos qual será o esforço de cada uma das partes conforme os projectos que serão implementados no ProSAVANA”, disse Pacheco, falando momentos depois de rubricar o memorando em questão.

O documento foi ainda assinado pelo vice - Presidente da Agência Japonesa para a Cooperação Internacional (JICA), Tsuneo Kurokawa, e pelo Director da Agência brasileira de Cooperação (ABC), Fernando de Abreu.

Pacheco disse a jornalistas que para além do plano director, as partes constataram que na componente da extensão agrícola ainda não se avançou como seria de desejar, mas que já estão criadas as condições para se arrancar e avançar de forma acelerada.

Cabe a extensão agrícola garantir a transferência de novas tecnologias de produção para os milhares de produtores que ainda praticam a agricultura de subsistência, no corredor de Nacala.
Um dos objectivos finais do ProSAVANA é dotar os camponeses com capacidade de praticar a agricultura comercial, produzindo para o mercado interno e até externo. 
 
Este ano, segundo o Ministro, a extensão agrária será impulsionada com novos efectivos que se juntarão a outros dos sectores público e privado que já operam naquela região do norte do país, em números não revelados. O primeiro grande impacto desta ‘injecção’, segundo Pacheco, vai ocorrer durante a campanha 2013/14.

A missão trilateral entre Moçambique, Japão e Brasil concluiu ainda que a componente de investigação agrária, a nível de culturas, está implantada no terreno e a avançar com vigor. Equipas técnicas moçambicanas, brasileiras e japonesas estão a ensaiar várias culturas com destaque para o milho, feijões, soja, algodão, entres outras culturas de grande impacto na região. 

Questionado sobre de que forma é que serão transmitidas as tecnologias de produção do Brasil aos camponeses do corredor de Nacala, o Ministro respondeu que “qualquer tecnologia de produção do Brasil, que for identificada como sendo de possível adaptação em Moçambique, vai passar por um teste nos serviços de investigação para ser confirmada”.

“Se for uma técnica que responda positivamente vai ser registada e passará a ser usada pelos extensionistas nas demonstrações com os camponeses”, indicou o Ministro.

Depois de reiterar que as partes reconheceram que as componentes do ProSAVANA estão numa fase positiva de implementação, Pacheco afirmou que o “dever de casa” é de consolidação dos mecanismos de parceria entre os três países, sobretudo os de diálogo para se garantir a participação de todos os actores da cadeia de valores na produção agrícola em Moçambique e, particularmente, no corredor de Nacala.

Ainda hoje, o Ministro da Agricultura visitou a “Fuji Oil”, uma empresa de investigação, processamento e produção de derivados de Soja e com interesse em investir no país; o Centro Internacional de Pesquisa em Ciências Agrárias do Japão (JIRCAS) ; e a Agência Espacial japonesa (JAXA).

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