Lisboa, Portugal, 9 novembro 2009 – A capital de Portugal, Lisboa, recebe a partir de hoje centenas de representantes do poder económico chinês para o V Global China Business Meeting, onde manterão contacto com governantes, políticos e empresários dos países de língua portuguesa.
Entre as presenças confirmadas para a sessão plenária do encontro estão as de José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, e dos seus congéneres de Moçambique, Luísa Diogo, e de Cabo Verde, José Maria Neves, bem como a de José Luís Guterres, vice-primeiro-ministro de Timor-Leste.
Fernando Costa Freire, director da consultora Edeluc, sublinha que os cerca de 300 presidentes de empresas, gestores de topo e políticos chineses vêm a Lisboa “movidos pelo desejo de estabelecer parcerias internacionais nos países de língua portuguesa”.
“Estas reuniões foram as primeiras cimeiras independentes em que participaram presidentes de empresas chinesas que ali ganharam projecção internacional”, disse ao semanário português Expresso o director da consultora escolhida pela empresa suíça Horasis para promotor local da reunião.
O China Business Meeting, adianta, “tem por base a ideia de que estratégias de crescimento dentro da estrutura sino-global requerem liderança e redes de relacionamento internacional mutuamente benéficas”.
As anteriores edições do encontro realizaram-se em Genebra, Frankfurt e Barcelona.
Na capital portuguesa, será o Hotel Ritz Four Seasons a acolher a reunião, 9 e 10 de Novembro, apoiada pela agência portuguesa para o comércio externo (AICEP).
Entre os empresários, estão confirmadas as presenças de David Li, presidente do Bank of East Asia (Hong Kong), Mao Zhenhua, presidente do China Chengxin International Credit Rating, Guo Gangchang, presidente do grupo Fosun, Feng Jung, presidente da Aigo.
Outras individualidades presentes serão Kola Karim, da nigeriana Shoreline Energy, Alessandro Teixeira, presidente da agência brasileira de comércio externo (Apex), Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo e Fernando Ulrich, presidente do Banco BPI.
De acordo com a organização o tema central das intervenções será o “contributo da China para modelar o mundo pós-crise”.
Serão ainda organizados eventos paralelos de celebração do 60º aniversário da fundação da República Popular da China e do 30º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal.
Este será o segundo grande encontro internacional de empresários chineses que Lisboa acolhe este ano, depois do Fórum de Cooperação Económica e Comercial Portugal-China.
Estiveram cerca de 150 empresas portuguesas representadas no Fórum, juntamente com 220 empresários chineses, e foram assinados importantes acordos de parceria envolvendo o grupo Mota-Engil e a EDP - Energias de Portugal.
Na ocasião, o ministro do Comércio da China, Chen Deming, referiu que “há algum défice ao nível do investimento chinês em Portugal, que ainda é pequeno”, mas frisou que o seu governo “estimula as empresas chinesas a investirem em Portugal”.
O encontro decorre numa altura de abrandamento das trocas comerciais entre os países lusófonos e a China, devida à crise económica global.
Os dados mais recentes das Alfândegas da China indicam que o comércio no espaço sino-lusófono caiu 29,27 por cento entre Janeiro e Setembro para 43,53 mil milhões de dólares, comparativamente aos primeiros nove meses de 2008. (macauhub)
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