O sistema de contas nacionais, usado para a monitoria dos planos e programas do governo, sobretudo na área económica, é abrangente e robusto, como resultado das fontes de dados obtidos quer do Recenseamento Geral da População, assim como dos vários inquéritos sectoriais levados a cabo, que forneceram um acervo de informação importante. É nesta base que o país foi eleito dinamizador da produção das contas nacionais a nível dos PALOP`s, no sentido de se caminhar para harmonização dos procedimentos usados nesta matéria.
23 novembro 2009/Notícias
Com efeito, estiveram reunidos semana passada, em Maputo, quadros dos institutos de estatística de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, num encontro que visa essencialmente o desenvolvimento de metodologias comuns no processo de produção de contas nacionais.
De acordo com Saíde Dade, Director de Contas Nacionais no Instituto Nacional de Estatística, tanto o recenseamento geral da população, como os vários inquéritos levados a cabo permitem captar melhor a situação do país.
“Foi concluído recentemente o inquérito ao orçamento familiar que é uma componente importante para qualquer sistema de contas nacionais, porque as famílias são as que produzem e consomem. Fazendo um inquérito sobre as suas despesas, melhor captamos a situação do país. Vamos ainda neste ano realizar o censo agro-pecuário e lançamos há dois anos um inquérito ao sector informal e sobre a força do trabalho. São estas operações que fazem com que o sistema de contas nacionais seja mais robusto e abrangente”, disse a nossa fonte.
Falando concretamente sobre o encontro de quatro dias, Saíde Dade indicou que ele reuniu técnicos dos PALOP’s para a troca de experiências sobre métodos e tratamento de fontes estatísticas para a elaboração das contas nacionais.
No caso do nosso país, para além dos técnicos do INE, tomam parte alguns utilizadores como quadros do Ministério das Finanças, da Planificação e Desenvolvimento e do Banco de Moçambique.
“Na verdade esta é a quarta vez que acolhemos um “workshop” desta natureza, porque existe uma aposta muito grande ao nível dos nossos países de equiparmo-nos com contas nacionais ajustadas, dado que constituem um elemento para a monitoria dos planos e programas dos governos, sobretudo na área económica. É das contas nacionais que produzimos o PIB, que é um indicador muito importante que avalia o desempenho económico de qualquer país”, disse.
A produção estatística é dinâmica, daí que no início deste ano foi aprovado um novo sistema de produção de contas nacionais que actualiza o anterior e esta é uma oportunidade para os países verem como avançam para a nova base.
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