As condições naturais de Moçambique para a produção de energia, nomeadamente para a construção de aproveitamentos hidroeléctricos e centrais termoeléctricas a carvão e gás natural, são susceptíveis de gerar mais de 12 500 megawatts.
23 novembro de 2009/Notícias
O jornal Notícias adianta que aquela quantidade tornaria o país não apenas auto-suficiente mas também o maior fornecedor de energia eléctrica da África Austral.
No entanto, apenas 2300 megawatts é que estão efectivamente a ser produzidos, dos quais 2 075 megawatts pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa, no distrito de Songo, na província de Tete, e os restantes por pequenas unidades, com destaque para as centrais de Chicamba e Mavuze, pertencentes à Electricidade de Moçambique (EDM).
Devido às suas condições favoráveis, Moçambique é visto como sendo parte de solução para o défice de energia eléctrica na região da África Austral, daí que o Governo esteja a desdobrar-se em acções tendentes à atracção de investimento para a materialização de vários projectos neste sector.
São exemplos disso as acções tendentes à construção do aproveitamento hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa e de três centrais termoeléctricas a carvão e gás, nas províncias de Tete e Inhambane.
No caso concreto de Mphanda Nkuwa, o projecto é avaliado em 1,65 mil milhões de dólares e tem capacidade para gerar 1500 megawatts.
Enquanto isso, as duas centrais termoeléctricas da província de Tete poderão gerar 2000 megawatts, sendo 1500 megawatts pela central projectada pela brasileira Vale e 500 megawatts para a de Benga, pela australiana Rivesdale Mining, centrais que irão ser interligadas à rede nacional de energia.
A capacidade de geração de energia eléctrica da Hidroeléctrica de Cahora Bassa aumentaria com a construção da Central Norte, cujas estimativas apontam para a produção de mil megawatts.
Com vista a uma exploração efectiva de grande parte do potencial energético existente em Moçambique o jornal adianta, citando números oficiais, que seriam necessários mais de 20 mil milhões de dólares.
O ministro da Energia, Salvador Namburete, falando aos participantes do seminário sobre `Infra-estruturas em África: o desafio de infra-estruturas em Moçambique´, evento que na semana passada juntou, em Maputo, cerca de duas centenas de dignitários oriundos de vários países do continente e não só, reiterou que a política do Governo é atrair cada vez mais investimento para o sector de energia.
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